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CMF instala a Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento do Continente

Com o objetivo criar, incentivar e assistir ações estratégicas em prol da região continental, que hoje abriga cerca de 170 mil moradores e 700 estabelecimentos, foi instalada na tarde desta quarta-feira (30) a Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento do Continente – atendendo ao requerimento 221/21 do vereador Bruno Becker (PL).

“É uma frente pluripartidária que tem como objetivo trazer e aprofundar a discussão que a gente precisa dar à região continental de Florianópolis. A gente já tinha uma frente do Norte da Ilha, do Sul da Ilha, e o continente que apesar de ter uma grande parte da população, ele não tem a mesma proporção no número de vereadores e precisa de uma atenção. Há muito tempo a gente vem demandando diversas coisas para o continente que por vezes são esquecidas, não são atendidas. Essa frente se faz necessária para que a gente volte as atenções para o continente e para que essas cobranças, melhorias e mudanças em diversos aspectos, sejam levadas a sério e atendidas”, disse o vereador Bruno Becker.

Já no início da reunião foi convidado para ser o ser vice-presidente da Frente o vereador Marquinhos (PSC), que aceitou de prontidão. “Não vai ser a política que vai nos separar e a gente vai cada vez mais ter forças unidas para contribuir com o nosso continente”, destacou o parlamentar.

A vereadora Manu (NOVO) trouxe como sugestão o levantamento dos equipamentos públicos que não estão sendo devidamente aproveitados. “Devemos já fazer um levantamento dos equipamentos públicos que estão lá e que merecem tanto atenção na questão da licitação e dos contratos para utilização, quanto também da real entrega que eles estão dando para a comunidade. Só no Monte Cristo são pelo menos 12 que recebem investimento público e que a gente pode construir indicadores de sucesso com a comunidade, e acho que essa interação é fundamental para a gente entender as realidades e as necessidades e conduzir políticas públicas adequadas a eles”, afirma a vereadora.

Encontrar um local adequado para que sejam realizados encontros de discussão sobre as questões do continente foi a sugestão apontada pelo líder de governo Renato da Farmácia (PSDB). “Nós entendemos que é muito complicado trazer o morador do continente aqui na Câmara para fazer uma reunião e tratar dos assuntos do continente. Nós da Câmara é que temos que ser itinerantes. Será muito mais fácil ouvir a população na sua região”, destacou.

O Secretário do Continente e Assuntos Metropolitanos, Guilherme Pereira, deu a ideia de utilizar o auditório do Centro de Educação e Evangelização Popular (CEDEP), que foi inaugurado recentemente. Ele também destacou alguns projetos que estão sendo realizados na região continental, como o investimento no Parque de Coqueiros, a ligação com o mar no Parque do Abraão por meio de um bosque, reforma no bairro Chico Mendes e Monte Cristo, criação da Escola do Futuro do Continente, ligação das ciclo-faixas da beira mar de São José até a Continental, além da criação de emendas na Lei Orçamentária Anual (LOA) para aumentar o orçamento da Secretaria e fazer com que o continente se desenvolva de maneira adequada.

Samuel, morador da Comunidade da Maloca e membro do Projeto Social Vivendo e Aprendendo ressaltou a importância de incentivar a união e o desenvolvimento dos bairros e comunidades. “Muitas vezes as comunidades se tornam cidades invisíveis, e ali tem pessoas, tem famílias que precisam apenas de uma oportunidade. A gente gerando oportunidade vai fazer com que o continente se desenvolva cada vez mais. É necessário investir na base, que sao as crianças, através do esporte, da arte e da cultura. E se não for assim, que seja através da educação. O continente, apesar de pequeno, tem um número grande de pessoas, então desenvolvendo as pessoas a gente desenvolve o continente”, disse.

Por fim, Nelci, moradora da Vila Aparecida, apontou a falta de assistência da Prefeitura com relação a infraestrutura de algumas ruas da comunidade. “Chega as contas para pagar, mas a rua não consta na Prefeitura e não pode ser arrumada. A gente que é deficiente tem que descer olhando as lajotas para poder andar com segurança”, reivindicou.

“As construções nos rodízios entre as suplências são muito proveitosas para o trabalho permanente da Casa. As suplências que muitas vezes não foram eleitas de forma titular trazem uma reflexão importante que deixam para o conjunto dos vereadores e vereadoras contribuírem no cotidiano do legislativo para a cidade. A criação dessa frente é mais uma dessas iniciativas”, destacou a vereadora Carla Ayres.

(CMF, 30/06/2021)

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