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Acesso alternativo entre Cacupé e Santo Antônio de Lisboa é tema de debate na Câmara

Um problema que já se estende há mais de uma década, na região de Cacupé e Santo Antônio de Lisboa via estrada dos Açores, foi tema de Reunião Ampliada realizada pela Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo. Na tarde desta quinta-feira (24/10), através do requerimento 407/2019, de autoria do vereador Fabrício Correia (PSB), foi debatido a criação de um acesso alternativo entre os dois bairros, já que existe um espaço inutilizado e as pessoas que residem na região precisam percorrer alguns quilômetros a mais até a SC-401 para chegar em suas casas.

“O acesso pelo caminho de Cacupé até chegar aos Açores ali demanda tempo. A rodovia fica com mais veículos principalmente no horário de pico. Todo ano as mesmas reclamações e por isso tomamos essa iniciativa de tentar achar uma solução. Tentar abrir esse acesso que chega a mais ou menos 400 metros. Sabemos que uma obra ali demanda um custo e projeto, mas hoje estamos aqui justamente para essa avaliação, já que os motoristas que moram na região chegam a percorrer quase 10 quilômetros a mais por dia,” destacou Fabrício.

O vereador Gabriel Meurer (PSB), morador da região, destacou a dificuldade de fazer esse caminho, tendo que dar toda uma volta para acessar a principal via de acesso ao centro e ao Norte da Ilha. “Hoje o motorista tem duas opções de acesso: a entrada principal da via, por dentro do bairro, percorrendo um trajeto de 6 quilômetros, ou fazendo o retorno no trevo de santo Antônio de Lisboa, que nos obriga a andar por mais 9 quilômetros. A gente sabe que aquela estrada é de competência do Estado, porém o município tem se mostrado sempre disposto a poder contribuir e melhorar a questão da mobilidade urbana na cidade.”

Representando a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE), o engenheiro Almir Machado destacou que será preciso avaliar a região e fazer um estudo geométrico. “Precisa avaliar a região porque como está lá hoje, tem muita coisa que foi deixada incompleta na época pela concessionária responsável pelo pedágio na região e que foi tomada pelo mato, isso estamos falando de 25 anos atrás para entender a encosta como um todo”, explicou o engenheiro.

Moradora do bairro Santo Antônio, Mariza reconheceu a parceria entre os órgãos competentes do município e do governo estadual. “ Antes a gente sempre ouvia, essa área é do estado e hoje não, os dois juntos estão querendo encontrar uma solução. Isso é um avanço para a comunidade. e estou muito feliz por esse momento.”

Valter é empresário e atua na SC-401 há 12 anos, também mora no bairro, e participa ativamente das reuniões envolvendo os problemas da região. “A gente está vendo alguns problemas pontuais, mas não podemos deixar de ver o global. Por isso é muito importante a movimentação dessas comissões para que seja feito agora um projeto bem construído, mesmo sabendo que demorem mais tempo. A questão das passarelas também precisa ser considerada.”

A falta de mobilidade urbana na cidade de Florianópolis não é novidade para quem mora e precisa se locomover para trabalhar, estudar ou até fazer um passeio pela região. A Polícia Rodoviária Estadual afirma que pauta é extremamente oportuna. “Os bairros que são ligados às rodovias acabaram crescendo e tendo uma rotina de pequenas cidades dentro da ilha. A rodovia deixa de ser um elo entre o centro e o extremo da Ilha, e acaba tendo um tráfego tipicamente urbano. Portanto, o uso de rotas alternativas de ligação dos bairros é necessário para que ele não utilize a via rápida ao usar sua bicicleta ou na travessia a pé para as suas tarefas domésticas “, afirmou Major Pablo Pereira, Comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária.

Na próxima sexta-feira (01/10), às 9h, será realizada uma visita técnica ao local com representantes da comunidade, prefeitura, secretaria de Infraestrutura, geólogos, Polícia Militar Rodoviária e vereadores.

(CMF, 28/10/2019)

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