Táxis: Frota estacionada
22/06/2009
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22/06/2009

Táxis: Pé no freio do turismo da Capital

A frota de 258 táxis da Capital prejudica o setor turístico, de acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmitt. A opinião é compartilhada por representantes de ONG e do setor comercial.
Schmitt afirma que os turistas reclamam da demora dos táxis para chegar aos hotéis. Nas regiões Sul e Norte da cidade, onde não há pontos de táxis, os recepcionistas dos estabelecimentos chamam os motoristas por telefone. Os carros, porém, precisam sair da região da Lagoa da Conceição ou do Centro para pegarem os visitantes, percorrendo distâncias de até 40 quilômetros.
– Não se consegue pegar um táxi na rua porque os que passam nunca estão vazios. Nos pontos também é difícil encontrar carro. Em época de temporada, é pior ainda. Uma cidade que se diz turística não pode ter 250 carros – completa Schmitt.
De acordo com o presidente do sindicato, o serviço da vans ocupa o espaço dos táxis justamente devido à falta destes. Para evitar que os hóspedes fiquem esperando os taxistas por muito tempo, os hotéis fazem parcerias com empresas de transportes. Uma corrida do Aeroporto Hercílio Luz ao Norte da Ilha, de van, porém, custa R$ 100 para duas pessoas. Do Norte ao Centro, são R$ 80.
Qualidade do serviço oferecido é baixa
Schmitt lembra que, apesar da frota ser moderna, o serviço prestado pelos motoristas não é bom. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, Doreni Caramori Júnior, acrescenta que os taxistas não falam um segundo idioma e, muitas vezes, não recebem bem os turistas.
Júnior defende a criação de serviços de transporte alternativo, como ônibus especiais que façam a linha aeroporto – Centro e Centro – praias.
O diretor administrativo da ONG FloripAmanhã, Otávio Ferrari Filho, avalia que a falta de táxis é evidenciada nos dias de chuva e que o número de carros deve acompanhar o crescimento populacional.
População x frota
1980 – 187.871 (1 táxi para 728 habitantes)
1990 – 254.341 (1 táxi para 985 habitantes)
2001 – 342.315 (1 táxi para 1.326 habitantes)
(DC, 22/06/2009)

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