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Congresso evidencia a conexão entre natureza, economia e bem-estar, em Florianópolis

A gestão do patrimônio natural do Brasil pode gerar benefícios sociais, econômicos e ambientais à população. Com esse enfoque, o 9º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação começou nesta terça-feira (31) e segue até quinta-feira (2) no CentroSul, em Florianópolis, com o tema “Futuros possíveis: economia e natureza”. Para o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade), Paulo Carneiro, o país tem exemplos de sucesso e fracassos temporários. O presidente da Fundação Grupo Boticário, Artur Grynbaum, lembra que o objetivo deste evento é evidenciar ainda mais a conexão entre natureza, economia e bem-estar. São mais de 50 palestrantes de diferentes nacionalidades.

O Brasil tem mais de 2.000 unidades de conservação federais, estaduais e municipais. “Teremos a oportunidade de discutir grandes inovações legais, que poderão proporcionar a musculatura necessária para implementar este enorme sistema. Como o novo fundo de compensação ambiental, o aumento do tempo de contratação temporária dos servidores, o novo marco legal das concessões, a possibilidade de financiamento através da conversão de multas, a nova metodologia de elaboração dos planos de manejo, a avaliação de atividade da gestão e os protocolos de monitoramento implantados na Amazônia”, disse Carneiro.

As unidades de conservação são espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes e com objetivos de conservação e limites definidos. A função delas é proteger os recursos hídricos, a biodiversidade (fauna e flora), as paisagens naturais e reduzir os riscos de desastres climáticos.

Desde a primeira edição do congresso, em 1997, diversas áreas protegidas foram criadas, ampliadas ou implementadas pelo encaminhamento das moções aprovadas. “Os palestrantes irão demonstrar como a conservação é a base para uma economia sustentável em longo prazo e como a natureza e os ecossistemas têm relevante valor para o bem-estar e a saúde humana”, destacou o presidente da Fundação Grupo Boticário, que organiza o evento.

Melhoria da qualidade de vida
O gerente de economia da biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, André Ferretti, lembra que os debates ficarão concentrados em como as áreas naturais podem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Seja pela geração do bem-estar, com a preservação da fauna, da flora e dos recursos hídricos, ou pelo aspecto econômico.

“A sociedade tem mais saúde quando reside em uma região equilibrada e com mais natureza, onde os mananciais de abastecimento público de água são conservados e a manutenção da vegetação nativa evita os deslizamentos nas encostas”, disse. “A ideia aqui é como gerir melhor a natureza para que o morador seja beneficiado e para atrair mais visitantes, principalmente, em Florianópolis, que tem unidades federais, estaduais e municipais”, completou.

Segundo Ferretti, a legislação é curiosa, porque é boa em alguns aspectos e em outros é muito burocrática. “A estrutura e os elementos de gestão das unidades de conservação são deficientes. Precisamos facilitar o uso das unidades pela população e a geração de benefícios para a sociedade”, afirmou.

(Confira matéria completa em ND, 31/07/2018)

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