Paradigmático

Da coluna de Henrique Ungaretti (A Notícia, 24/10/2006):

Não deve passar despercebido o manifesto feito publicar, por uma série de entidades florianopolitanas, em favor da construção do Costão Golf. O caso ganha dimensão porque é emblemático de um debate que procura opor desenvolvimentistas a ambientalistas na Ilha de Santa Catarina. Mas o Poder Judiciário não tem nada a ver com isso e vai tratar de uma questão muito objetiva: os métodos de tratamento da grama do campo de golfe podem poluir ou não o aqüífero dos Ingleses? Ainda não houve perícia judicial sobre o assunto. É essa a análise encomendada pela Vara Ambiental da Justiça Federal em Santa Catarina a professores da Universidade Federal do Paraná. O laudo poderá ou não ser acatado pelo juiz Zenildo Bodnar. A parte que se sentir prejudicada poderá recorrer. Ou seja, a menos que seja feito algum tipo de acordo, a novela tende a prosseguir.

Trocamos de bem

Houve ruído de comunicação entre Alexandre Lemos, da ONG Aliança Nativa, membro do Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis, e esta coluna. Alexandre ressalta a responsabilidade com que procuramos conduzir este espaço, mas fala de um “complô para denegrir a imagem do Ministério Público Federal, ato que, para nós, soa como ato de desespero”. Com relação ao Costão Golf, esclarece: “Nossa questão não era ser contra ou a favor ao campo de golfe, mas contra o conteúdo do projeto apresentado. Se quiseres investigar, olha o teor do projeto inicial e o de agora: verás como já houve mudanças enormes. Isso é uma conquista da Sociedade Civil Organizada, porque mesmo que saia o empreendimento, não será como proposto no início”.