A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai mudar a forma de atendimento no setor de emergência dos hospitais da Grande Florianópolis: em vez da ordem de chegada, o critério para o atendimento médico será a gravidade do ferimento ou o risco à saúde. Assim que dar entrada na emergência, o paciente será previamente avaliado pela equipe de enfermagem que definirá o risco e a prioridade no atendimento.
O Hospital Celso Ramos, no centro de Florianópolis, é o primeiro a receber o novo sistema, a partir de outubro. A intenção é estender o Sistema Catarinense de Acolhimento e Classificação de Risco para os demais hospitais da região da Capital até o fim do ano, inclusive nas UPAs (Unidades de Pronto-atendimento). E para o todo estado em 2015.
A classificação será por cores, e cada pessoa a ser atendida receberá uma pulseira referente à prioridade no atendimento, conforme explicou a Marlene Bonow Oliveira, superintendente de Serviços Especializados e Regulação da SES. A cor vermelha representa prioridade máxima, com atendimento imediato. A pulseira laranja representa a prioridade alta, com tempo de espera máximo de 15 minutos. O amarelo é risco médio, com espera de até uma hora.
O verde e o azul, significam, respectivamente, os riscos baixo e mínimo, com espera para o atendimento de duas a quatro horas. Este tipo de atendimento pode ser realizado nas unidades básicas de saúde, conforme orienta a representante da SES.
“Vamos ter respeito à condição clínica que a pessoa apresenta. Se conseguirmos identificar os casos de urgência e emergência entre as pessoas que procuram atendimento e oferecer um rápido atendimento a elas já será um grande avanço”, acredita Marlene.
Quando o paciente dá entrada no hospital, é feito um cadastro. Imediatamente após a identificação inicial, uma equipe de enfermagem capacitada e treinada fará a triagem com a classificação de prioridades a partir da condição clínica e da dor do paciente. “Seguimos uma série de fluxogramas para fazer a avaliação, desenvolvido por nossos técnicos, com base em literaturas científicas”, ressaltou.
Exemplo na região
Na Grande Florianópolis, a Unimed implantou o atendimento por classificação de risco em 2010. Além de priorizar as situações mais urgentes, o sistema tem função educativa, já que muitos pacientes procuram emergências médicas por comodidade, segundo especialistas da área. No caso da Unimed, 95% dos atendimentos são classificados como poucos ou não urgentes.
( Agência ALESC, 18/09/2014)
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