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Cem dias depois, hora de mostrar serviço

Por Moacir Pereira (DC, 10/04/2013)

Prefeitos catarinenses empossados no dia 1o de janeiro completam hoje cem dias de gestão. Vários deles concederão entrevistas para apresentação de dados sobre as medidas adotadas. As críticas têm sido relativas.

Os que derrotaram candidatos das administrações anteriores são mais contundentes na condenação do que herdaram. Caso concreto de Cesar Souza Junior (PSD), em Florianópolis. Os atos praticados, emblematizados na frase “a farra acabou”, procuraram alvejar o antecessor Dário Berger (PMDB). Uma forma de debilitá-lo no processo politico estadual, evitando alguma fênix na sucessão estadual de 2014, ou de justificar a ausência até agora da gestão moderna e eficiente prometida na campanha.

Como destaque, Cesar Junior mantém a disposição de continuar ouvindo as pessoas, fugindo do gabinete e tentando resolver os problemas em encontros comunitários. E decisões que, no geral, foram coerentes com os compromissos eleitorais.

O empresário Udo Döhler (PMDB), em Joinville, derrotou o maior adversário. Mas fixou-se no futuro, não perdeu tempo em metralhar o passado e já se destaca como um dos expoentes da nova geração de prefeitos. Recebeu uma herança pesada de Carlito Merss (PT), sem dinheiro para pagar os salários dos servidores, com o setor saúde debilitado e o centro da cidade abandonado. Prático, reduziu as secretarias regionais e criou subprefeituras, em número menor, para dar mais agilidade na gestão. Sensível, abraçou com determinação a causa do Hospital Municipal São José.

Em Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB) foi até mais light, por representar uma relativa continuidade. Era aliado do ex-prefeito João Paulo Kleinübing (PSD) e encontrou uma prefeitura com dívidas, mas administrável. Não olhou para trás, fez reforma e enxugou a máquina.

A população deseja é que a partir de agora mostrem serviço. Prefeitos em começo de mandato ainda se dividem entre criticar o passado e olhar para frente.

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