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Governo analisa oito propostas para quarta ligação Ilha-Continente em Florianópolis

O governo do Estado recebeu oito propostas para a quarta ligação Ilha-Continente. Os envelopes, entregues na segunda-feira, serão abertos às 17h desta quarta-feira em reunião da comissão intersetorial formada para analisar qual será o modelo adotado. Entre as candidatas há pelo menos duas empresas multinacionais. A divulgação dos concorrentes poderá realizada após o encontro ou na quinta-feira.
O presidente da SCpar, Paulo Cesar da Costa, disse que na lista constam projetos entregues na primeira fase do processo de seleção e também projetos inéditos. “Houve uma mudança no decorrer do processo. Por isso, lançamos outro edital priorizando transporte de massa e modais em que a contrapartida do Estado seja a menor possível”, destacou.
A comissão intersetorial que analisa os projetos é formada por representantes das secretarias da Infraestrutura e Fazenda, Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), SCpar e pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Renato Hinning. O coordenador do Pacto por Santa Catarina, Murilo Flores, também participa da comissão julgadora.
Costa antecipou que tem “empresas multinacionais” na disputa. Porém, não quis revelar quais são esses projetos. Uma das interessadas é a portuguesa Logistel, uma das últimas a apresentar esboços para melhorar a mobilidade urbana. Os portugueses pretendem construir um metrô ligeiro, que ligará a Ceasa (Central de Abastecimento de Santa Catarina), em São José, ao Ticen, em Florianópolis. O custo estimado é de R$ 1,5 bilhão. “Eles me procuraram para informar que oficializaram a proposta”, adiantou Hinning.
Modelo já tinha sido definido, mas Colombo voltou atrás
O modelo da quarta ligação estava escolhido até o começo de fevereiro deste ano: uma ponte convencional. O governador Raimundo Colombo (PSD) reviu a posição após reportagem publicada no Notícias do Dia, que questionava os valores previstos para os estudos ambientais necessários para a obra. O Estado iria investir R$ 29.925.095,07.
Em maio, o governo apresentou nova fórmula para escolher o projeto que será executado. A intenção é viabilizar a construção por meio de uma PPP (Parceria Público Privado), modalidade em que a iniciativa privada paga toda ou parte da obra. Em troca, recebe concessão para explorar a estrutura.
Após a primeira fase, o Estado recebeu 12 propostas. Contudo, os projetos exigiam que a maior parte do investimento fosse do governo. A partir desse momento, um novo edital foi lançado. As regras priorizavam possibilidades de transporte de massa ou que exija menor contrapartida do governo.
(ND, 05/12/2012)

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