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Livro retrata exuberância do Parque da Serra do Tabuleiro

Por mais de 20 anos o biólogo Fernando Maciel Brüggemann registrou imagens aves, animais e plantas no. A compilação de seu trabalho o pesquisador apresentou na terça-feira, em Santo Amaro da Imperatriz. Dois mil exemplares do livro, “Um Olhar Naturalista da Serra do Tabuleiro e Região”, serão distribuídos gratuitamente nas escolas públicas das dez cidades onde o parque está inserido. A obra foi viabilizada por meio da Lei Rouanet.

O que parece uma simples folha no chão é na realidade é um sapo. O que numa olhada rápida seria identificado como galho de árvore, é na verdade uma lagarta. Para que o livro sobre o ecossistema do parque estadual ficasse atrativo para as crianças o biólogo Fernando Maciel Brüggemann usou imagens dos animais se camuflando. Fernando lembra que a parte mais difícil no processo até a publicação foi a captação de recursos via Lei Rouanet. “Registar as imagens foi a parte mais prazerosa porque faz parte de minha rotina”, afirmou, sem esconder o contentamento, durante a sessão de autógrafos.

Por mais de 20 anos o biólogo soube que havia Jacutingas no parque, mas até o dia 24 de dezembro de 2011, não avistou nenhuma. “Nossa! Foi meu presente de Natal”, descreve, sobre a alegria de ter registrado a ave. “Ainda que a sfoto não tenha ficado maravilhosa precisa publicar porque era a única que eu tinha. Fernando recorda que muitas fotos só foram possíveis devido aos equipamentos fornecidos pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), com quem o estudioso matem um convênio. “As armadilhas fotográficas permitiram registros fantásticos, como o do Puma e Jaguatirica.

Arquivo de mais de 20 mil fotos

O biólogo lembra que o livro só foi possível com a união de diversos apoiadores, como seu sobrinho, o arqueólogo Anderson André Brüggemann. A obra foi patrocinada pela Tractebel Energia, com apoio do Ministério da Cultura, e da Incentive projetos culturais. A obra foi dividida em três sessões; fauna, flora e recursos hídricos. “O parque concentra 330 espécies de aves, 80 de mamíferos e 200 de orquídeas em seus 85 mil hectares de área”, destacou, ao afirmar que possui mais de 20 mil fotos em seu arquivo pessoal. A a´rea do parque corresponde a 1% da área total do estado de Santa Catarina. “O livro foi o meio que encontrei para levar a um número maior de pessoas, principalmente crianças, as pesquisas que faço no parque e que na maioria das vezes fica restrita à academia”, observou.

Um olhar sustentável do Parque Estadual

Abdon Barretto Filho diretor do grupo Plaza Resorts, onde Fernando atua como pesquisador e guia ecológico, lembra que a intenção do grupo é manter a biodiversidade dos locais onde os resorts estão instalados. “As pessoas anseiam por este contato com a natureza, com este ar mais limpo e puro. Manter um biólogo em nosso quadro de funcionários demonstra nosso compromisso com o meio ambiente”, ressaltou. As palavras de Barreto foram confirmadas pelo professor de economia do Rio Grande do Sul, João Kaovalew, 60 anos. Há 16 anos o turista gaúcho frequenta o hotel em Santo Amaro da Imperatriz, e recorda das caminhadas pela trilha realizadas pelo biólogo Fernando. “A cada nova incursão descobria algo novo. As belezas deste parque são encantadoras”, afirmou o hóspede.

(ND, 22/08/2012)

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