Plano Diretor está atrasado em três meses

O Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) já corre contra o tempo para poder entregar o projeto final do Plano Diretor Participativo antes das eleições municipais de 2008. A produção da ferramenta administrativa que pretende, segundo as palavras do prefeito Dário Berger (PMDB) registradas no livreto que reapresentou a idéia em março deste ano, fazer “mudanças comportamentais, implantando de fato uma ampla política de mobilidade e acessibilidade socialmente inclusiva” está atrasada em três meses segundo o cronograma original.

Passado um ano e quatro meses da primeira reunião pública do Plano Diretor, realizada no dia 6 de julho de 2006 no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o novo coordenador do Núcleo Gestor do plano, o geógrafo Ivo Sostizzo, enfrenta o desafio de recuperar o tempo perdido. Algo fundamental, segundo ele, para que a nova regulamentação seja colocada – finalmente – em prática. Mas, claro, a implementação das diretrizes que devem gerir o futuro da cidade também é essencial como arma da campanha de reeleição do prefeito.

Sostizzo lamenta que o Ipuf tenha uma limitação de técnicos, algo que, naturalmente, impediria a confecção do Plano Diretor dentro do prazo inicialmente estabelecido para maio de 2008. “Por isso se queria contratar uma empresa, por meio de uma licitação pública, para nos ajudar. Esta empresa iria realizar as oficinas distritais, onde se discute o plano com as comunidades, e fechar um relatório”, explicou. Porém, ninguém se interessou em fazer o trabalho. “Abrimos uma nova licitação e aconteceu o mesmo. Só nisso perdemos os três meses”, justificou.

(Alessandro Bonassoli, AN Capital, 10/2/2007)