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CIC oferece cursos nas oficinas de artes

Thelma Carvalho Leite trocou a broca pela goiva. Dentista aposenta, ela é uma das alunas da oficina de gravura no Centro Integrado de Cultura. Fechado há dois anos, aos poucos o CIC vai se reintegrando ao dia a dia da comunidade. Paralelo a oficina de gravura começam a funcionar na próxima semana as aulas de fotografia digital – básica, avançada e hibridismos – pífano, criatividade e oficina da palavra. E o melhor: são todas gratuitas.

As oficinas de arte são a marca registrada das ações da Fundação Catarinense de Culturas. Criadas em 1981 têm na gravura a sua âncora e oferecem formação teórica e prática.

Enquanto esculpe as imagens na madeira, Thelma, 62 anos, diz que a expectativa agora é pela reabertura do cinema, prevista para dezembro e do Teatro Ademir Rosa, que deve voltar a funcionar até meados de 2012.

Na ponta da mesa no espaço totalmente remodelado, Terezinha Dias, 61 anos, faz um esboço de rostos femininos na madeira e vai imprimindo as imagens até chegar no ponto desejado. Veterana das oficinas, exercita sua criatividade há seis anos no CIC. Junto com outras companheiras de arte criou o Grupo de Gravura de Florianópolis que se reúne sempre à sextas-feiras em espaço locado no centro da cidade.

– O CIC é a minha segunda casa – comenta.

Concentrado, Paulo Francisco Mossmann, 55 anos, usa a lupa para tornar os traços perfeitos da sua xilo com a representação da Ponte Hercílio e uma impressionante riqueza de detalhes. Todos sob a orientação de Bebeto Oliveira que está há 23 anos no CIC.

Professor de gravura ele comemora a volta das oficinas de arte para o prédio, numa área totalmente remodelada na ala sul do prédio na Agronômica.

Na semana que vem também começa oficina de Pífano com o jovem músico Bernardo Sens, que além das atividades no centro cultural também participa do grupo Ginga do Mané.

– Além de fazer o instrumento, os alunos vão conhecer a história deste símbolo da cultura popular e aprender a tocar.

O gerente das oficinas de arte Hassan Felix de Souza observa que em média as oficinas são formadas por grupo de 15 alunos.

– Mesmo que grupo esteja fechado as pessoas podem se inscrever para próxima turma porque agora não vai mais parar. Queremos que a comunidade ocupe este espaço – afirma Hassan.

Também começa a funcionar na próxima semana a Escolinha de Artes com aulas de pintura, modelagem, desenho e contação de histórias, para crianças com idade entre quatro e seis anos.

(DC, 04/08/2011)

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