Artigo escrito por Laudelino José Sardá – Jornalista, Professor, Dr., Assessor de Comunicação e Marketing (Acontecendo Aqui, 19/04/2011)
Não sei por que o alcaide alienígena se nega a resolver os problemas fáceis que complicam a vida de quem mora na Ilha de Santa Catarina. Quanto custa um sistema de controle e monitoramento dos semáforos de uma cidade? Imagine, nos horários do rush, sinaleiras se adequando ao maior fluxo de veículos e estabelecendo uma sincronia de luzes em vias como a Beira-Mar Norte?
A região do Pantanal, nas proximidades da UFSC, vive eternamente engarrafada e a solução não é difícil. Basta instituir mão única na rua Deputado Antônio Edu Vieira e, igualmente, via inversa, na rua da região de Carvoeira. Esta mudança não causaria nenhum transtorno, ao contrário, seria aplaudida até pelos moradores locais.
Para humanizar ainda mais a cidade, a prefeitura precisaria cumprir a lei que obriga o cidadão a construir passeios em frente à sua propriedade – exceto em vias estaduais -. Depois de um prazo fixado, a prefeitura poderia construir os passeios e debitar na conta do IPTU. O que não pode é o pedestre disputar espaço com veículos por falta de passeios.
Ao invés da operação “asfaltar e asfaltar”, por que não construir ciclovias, para permitir que as pessoas se desloquem para escolas, lazer e mesmo ao trabalho de bicicleta? Só que a ausência de um plano diretor está comprometendo toda a cidade. À rua Frei Caneca, por exemplo, novos edifícios surgem á beira do passeio, impossibilitando a construção de ciclovias – e muito menos a ampliação das pistas. Imagine ciclovias ligando o centro aos balneários do norte e sul da Ilha?
Faixas de segurança, sinaleiras de pedestres, implantação de parques e hortos em terrenos públicos são obras que exigem poucos investimentos – menos que asfalto – e que há recursos facilitados pelo Governo Federal. Um grande exemplo é o Horto do Córrego Grande, onde centenas de pessoas fazem exercício, crianças se divertem, estimuladas pela convivência harmoniosa de aves, animais e seres humanos, em um ambiente onde árvores raras e frutíferas formam uma pequena reserva em plena área urbana.
Com soluções simples, porém eficazes, a prefeitura poderia contribuir à humanização da cidade. Mas, por se tratar de uma Ilha invadida por repartições públicas, os governos – estadual e municipal – são megalômanos, apostando em grandes obras, enquanto a cidade mergulha no sedentarismo e violência. A Capital precisa deixar a Ilha, para o bem de Santa Catarina e de Floripa.
ATT: perguntar não ofende: o que realmente faz a Guarda Municipal?
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