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Abertura da OficinaUm levantamento prévio feito pelos participantes da II Oficina de Desenho Urbano mostra que há bloqueio de acessos à orla em 28% do território das regiões central e continental de Florianópolis. Após quatro dias (aproximadamente 18h) trocando informações com dez diferentes palestrantes, os arquitetos que participam da Oficina partiram para uma aula prática no último domingo (23/09). Parte da equipe saiu de escuna para, com a visão a partir do mar, identificar os principais empecilhos para o acesso à beira d´água. Outro grupo seguiu a pé por encostas de morro e Ponta do Coral. Estas incursões encerraram o primeiro módulo da Oficina, que serviu de introdução para o segundo, que acontece de 5 a 7 de outubro no departamento de arquitetura e urbanismo da UFSC. É nesse período que os profissionais vão colocar no papel os projetos para facilitar e melhorar o acesso da população à beira do mar. Os melhores deverão ser incluídos Plano Diretor de Florianópolis, que está em andamento. Leia mais.

Abertura da OficinaApós quatro dias (aproximadamente 18h) recebendo e trocando informações com dez diferentes palestrantes, os cerca de 160 arquitetos que participam da II Oficina de Desenho Urbano, partiram para a primeira aula prática neste domingo (23). Parte da equipe saiu de escuna para, com a visão a partir do mar, identificar os principais empecilhos para o acesso à beira d´água. Outro grupo seguiu a pé por encostas de morro e Ponta do Coral. Um levantamento prévio aponta que cerca de 28% da orla não permite acesso de pessoas.

Presença de arquitetos na OficinaEstas incursões encerraram o primeiro módulo, que serviu de introdução para o segundo, que acontece de 5 a 7 de outubro no departamento de arquitetura e urbanismo da UFSC. É nesse período que os profissionais vão colocar no papel os projetos para facilitar e melhorar o acesso da população à beira do mar. Os melhores deverão ser incluídos Plano Diretor de Florianópolis, que está em andamento.

160 arquitetos participaram da Oficina“A cidade sofre há tempos com os sucessivos aterros. A Oficina foi uma maneira que encontramos para tentar retomar nosso contato com o mar”, disse Cristina Piazza, presidente do IAB/SC (Instituto de Arquitetos do Brasil).

Para a arquiteta Silvia Lenzi, a Oficina é uma grande oportunidade – “os arquitetos têm o compromisso de mostrar a viabilidade dos projetos que serão desenvolvidos aqui”.
Segundo o arquiteto Nelson Saraiva, os aterros começaram em 1952. “Fizemos em Florianópolis verdadeiros absurdos, a identidade da cidade ficou perdida”, disse.

Balanço do primeiro módulo:

Desde a última quarta-feira (19) os participantes receberam uma grande carga de informações, que começou na abertura, com a apresentação da área de abrangência, os resultados da pesquisa “Florianópolis e os Florianopolitanos”, do Instituto Mapa, os resultados da 1ª Oficina, realizada em 1994 e uma introdução a projetos de tratamento paisagístico em orlas, feita pelo arquiteto José Tabacow.

Na quinta-feira (20) o arquiteto Elom Alano Guimarães apresentou os resultados da pré-Oficina, realizada em março deste ano durante as comemorações de aniversário de Florianópolis, na tenda da Ong FloripAmanhã. A legislação foi o tema seguinte, dividido em sub-temas como patrimônio da união, plano diretor, aspectos do gerenciamento costeiro e plano náutico.
O tema “Acessibilidade e Mobilidade” encerrou o segundo dia da Oficina e abriu o terceiro dia de discussões, seguido pela apresentação dos principais projetos para a cidade: estação de efluentes, 4ª ponte, veículos leves sobre trilhos, transporte hidroviário e marítimo, ponte Via Expressa Sul – aeroporto e porto de Florianópolis.

No sábado, uma mesa redonda tratou do tema “Tratamento de Orla”, apresentado nas visões da arquiteta Clarisse de Almeida, que trouxe a experiência da orla de Aracaju; do arquiteto Rogério Gomes, com a experiência de projeção e revitalização de orlas no Rio de Janeiro, e do oceanógrafo Fabrício Estevão da Silva, que apresentou os desafios da gestão integrada da orla com base no Projeto Orla, de Itajaí.

Na seqüência, a arquiteta Alina Santhiago, da UFSC, apresentou um panorama da atual paisagem urbana de Florianópolis.

O encerramento da parte teórica apresentou os projetos para a cidade: sambaquis, hotel Ponta do Coral, Parque da Luz/Prefeitura, propostas para conexões e entorno da Ponte Hercílio Luz.

A arquiteta da prefeitura, Vanessa Cardoso dos Santos Moreira Lima apresentou projetos elaborados pelo escritório do arquiteto Jaime Lerner, de Curitiba. O projeto foi encomendado pelo atual prefeito e levantou questionamentos dos participantes, já que não considera outros projetos já executados por arquitetos locais.

Os arquitetos Nelson Saraiva e Lisete Assen de Oliveira apresentaram o projeto de revitalização do aterro da baía Sul, assinado por eles e vencedor de um concurso nacional em 1997, mas que nunca saiu do papel. A arquiteta Silvia Lenzi também falou sobre o aterro e mostrou um projeto de urbanização feito em 2000. “Cada vez que os profissionais se reúnem, vemos que as propostas são uníssonas na teoria, mas não na prática. O “não” ainda é muito forte e geralmente se viabiliza o pior”, disse Silvia.

O jornalista Ricardo Mucci apresentou o projeto do Museu Digital de Florianópolis e Marcelo Guimarães, da Fundação Certi, mostrou o estágio atual do Sapiens Parque, no norte da Ilha.

Um debate com os dez palestrantes encerrou a parte teórica.

A II Oficina de Desenho Urbano é coordenada pela Ong FloripAmanhã e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/SC) com participação do Ipuf, Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), UFSC e Unisul.

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