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A leitura do primeiro relatório preliminar da CPI da Moeda Verde, ontem, na Câmara de Florianópolis, revelou que o trabalho dos vereadores deve privilegiar o embate político-partidário em detrimento da apuração das acusações e suspeitas lançadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) contra políticos e funcionários públicos municipais.
Assinado pelo vereador Deglaber Goulart (PSDB), relator da CPI e um dos mais fiéis correligionários do prefeito Dário Berger (PSDB) na Câmara, o texto, ao fim de uma longa crítica à divulgação do caso pela imprensa, conclui que as investigações devem buscar as supostas irregularidades cometidas “desde a origem” dos 32 empreendimentos suspeitos.
Em várias oportunidades o relator faz citações veladas às duas gestões da ex-prefeita Angela Amin (PP), entre 1997 e 2004, argumentando que as construções suspeitas tiveram autorizações expedidas antes da chegada de Dário Berger à prefeitura.
Únicos oposicionistas na CPI, os vereadores João Aurélio Valente Júnior e Alexandre Fontes, correligionários de Angela, defenderam a concentração dos trabalhos nos resultados apresentados pela PF ao fim de nove meses de escutas telefônicas para não “desviar o foco”.
(DC, 07/06/2007)
