As obras da segunda e terceira fases da reforma da Catedral Metropolitana de Florianópolis ainda estão sem prazos para iniciar. Mas o reitor da igreja, padre Francisco de Assis Wloch, informa que as discussões com o governo do Estado para a próxima etapa estão sendo positivas. “Nossa expectativa é de assinatura de convênio em junho e conclusão das intervenções em fevereiro de 2008”. O projeto completo está orçado em R$ 4 milhões e prevê a recuperação externa do prédio, com pintura nova, recuperação de sinos, revestimento das escadarias após a recuperação das pedras, colocação de grades de proteção para isolamento noturno do templo, construção de rampas de acessibilidade a portadores de necessidades especiais e revitalização da iluminação. “Vamos solicitar à Prefeitura que se responsabilize por este último item”, revela o pároco.
A última fase é a mais delicada, envolvendo a recuperação dos altares, dos sistemas de segurança e sonoro, recuperação de pinturas originais das paredes que foram tapadas com camadas de tintas. “Para este trabalho enviamos projeto aprovado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) ao Ministério da Cultura (MInc)”, informa Francisco. O padre diz que a idéia é captar os recursos necessários às obras por meio de mecenato pela Lei Rouanet.
As obras de recuperação da 1a fase foram entregues à comunidade em 8 de dezembro deste ano. Os trabalhos incluíram conserto da nave central, pintura externa e interna, restauração de reboco, iluminação e restauração dos bens móveis, como a imagem da Nossa Senhora do Desterro e dos quadros da Via Sacra. “A parte emergencial está pronta”, afirma Francisco. A Catedral foi interditada em fevereiro de 2006 porque a nave ameaçava ruir. Tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual em 1996, levou 20 anos para ser construída (1753 a 1773) e faz parte da história arquitetônica e religiosa da cidade. Em 252 anos de existência, foi a primeira vez que foi interditada por razões de segurança. Cerca de seis mil pessoas circulam na igreja por dia antes do seu fechamento.
O convênio para a restauração da Catedral foi assinado em junho de 2006. O documento previa um orçamento, ao longo da obra, de R 1,8 milhão. O governo estadual repassou R$ 1,3 milhão, liberados em parcelas, de acordo com o andamento dos trabalhos. O Executivo municipal participou com uma contrapartida de R$ 500 mil.
(Gisa Frantz, A Notícia, 09/05/2007)
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