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Três situações mostram que no Brasil é proibido crescer e empreender

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 23/04/2022)

Que o Brasil não é para amadores, não é novidade alguma. Em um país em que não há certezas nem sobre o passado, o que se dirá do futuro. A pandemia forçou as empresas a se reinventarem com redução de custos, queda de arrecadação, restrições e o trabalho remoto.

Da mesma forma, com as demissões, muitos foram obrigados a empreender, mesmo sem vocação. São pessoas que foram demitidas e se viram na criação do negócio próprio a única alternativa.

Quanto mais estes empreendedores estiverem habilitados e capacitados, maiores serão as chances de sobrevivência no mercado. E para as empresas já consolidadas, mesmo assim, o Brasil não é para os fracos, os exemplos não faltam:

1- Há restaurantes que gostariam de abrir todos os dias da semana. Alguns não o fazem porque ultrapassariam o limite tributário do Simples. Ou seja, eles deixam de aumentar o faturamento com medo de crescer e, assim, geram menos renda e deixam de contratar mais pessoas.

A coluna ouviu construtores indignados com as multas e dificuldades para quem quer trabalhar dentro da legalidade. Porque para o ilegal, este não está preocupado em procurar os órgãos públicos em busca da regularização e de fazer o certo.

2- No canteiro de obras, há o bebedouro, o dispenser de copos plásticos e a lixeira. Os pedreiros são orientados a não reaproveitar os copos, mas os deixam sobre o garrafão de água. A fiscalização chega e dá uma multa por reaproveitamento de copos. No mundo da preservação ambiental, cada um poderia ter a sua própria caneca, não? Mas a lei impede, precisa ser descartável.

3- O cidadão compra um terreno em um lote em Florianópolis autorizado em 1982 e  busca autorização para supressão de vegetação e reposição de árvores em uma área que permite edificações de acordo com o plano diretor. Leva seis meses na prefeitura de Florianópolis e o funcionário diz que nada pode ser feito. Mas o que fazer com a empreiteira contratada e o andamento da obra? Problema de quem quer empreender.

É por essas e por outras que ouvi de um dono de pizzaria na cidade, já cansado de incomodação:

— Vou fechar meu negócio e construir 10 quitinetes no morro para alugar — afirmou.

Se bobear, vai trocar uma chateação por outra. Se buscar a legalidade para construir de acordo com o Plano Diretor (o que é o correto) irá enfrentar uma via crucis. A informalidade é o mais comum e mais fácil, o que é lamentável para a cidade e seu planejamento urbano.

O Brasil é um país que não estimula o empreendedorismo.

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