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Entrevista: A cidade ficou estrangulada pelo Plano Diretor, diz Fernando Marcondes de Mattos

Empresário Fernando Marcondes de Mattos na celebração dos 30 anos do Costão do Santinho Resort – Foto: Divulgação

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 14/12/2021)

Fundador do Costão do Santinho Resort, o empresário Fernando Marcondes de Mattos comemorou, nesta segunda-feira (13) à noite, os 30 anos do empreendimento.

A noite de festa, que reuniu amigos, autoridades e lideranças empresariais, contou com apresentações da Escola Bolshoi, da Camerata Florianópolis e do pianista Arthur Moreira Lima.

Nesta entrevista à coluna, ele fala sobre como tudo começou, os valores estratégicos que norteiam a gestão do resort e sobre o que atrapalha o desenvolvimento de Florianópolis.

Como foi o início do Costão, há 30 anos, e qual foi motivação para o empreendimento?
Começamos a adquirir os terrenos inicialmente para lazer e investimento e fomos, aos poucos, amadurecendo a ideia do empreendimento. Não tínhamos, no entanto, a expectativa de que o passaríamos a ter esse papel de relevância no turismo da cidade, do Estado e até do país.

O Costão foi projetado e construído para oferecer uma estrutura hoteleira pioneira no país, mesclando unidades para hospedagem e unidades residenciais. Mas se eu afirmar que, há mais de 30 anos olharia para esse terreno e projetaria essa potência empreendedora eu estaria tendo um devaneio.

Avaliando agora essa trajetória, faria algo diferente?
Na essência, não mudaria nada. Perseguimos alguns dogmas, vamos chamar assim. Entre eles, a preservação da natureza. Há 35 anos que não se corta uma árvore no Costão. Pelo contrário! Preservamos a flora e a fauna e cultuamos, mais do que cultivamos, a origem açoriana e nossas raízes na construção do empreendimento.

Abraçamos a comunidade, criamos um sistema de relacionamento com nossos mil colaboradores. Temos 12 valores estratégicos que norteiam todo o trabalho. A questão do respeito às pessoas, por exemplo, é fundamental.

Contribuir com a comunidade está em nosso DNA, estamos cada vez mais próximos das comunidades, não apenas no fomento à pesca artesanal mas entendendo nosso papel social frente a um mercado que cada vez mais gera demandas e é impactado pelas mudanças globais.

A cidade mudou muito nessas três décadas, não é?
Mudou tudo. O acesso ao Costão, por exemplo, era em estrada de barro. E no início o público argentino predominava. Mas a cidade poderia ter mudado muito mais. A cidade ficou um pouco estrangulada pelo Plano Diretor, que não é bom.

Falta motor no desenvolvimento da capital, uma das ilhas mais lindas do mundo. E quando falo em motor para crescimento econômico e melhorias sociais não significa avançar no meio ambiente, nas dunas, no mar. Ao contrário! Falo em criar meios para que todo esse patrimônio seja preservado. Não tenho dúvida que o desenvolvimento preserva.

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