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Técnicos estudam liberação de ostras a partir de quarta-feira

A reabertura pontual dos pontos de comércio e consumo de ostras será discutida nesta terça-feira (21) pelos mesmos técnicos que, desde 24 de maio, monitoram a maré vermelha em 610 fazendas produtivas de 40 diferentes áreas do litoral catarinense – de Palhoça, ao Sul, a São Francisco, ao Norte. A provável volta parcial à atividade, exceto para mariscos (mexilhões), é uma das medidas emergenciais em estudos do governo do Estado para ao menos minimizar as perdas na cadeia produtiva da maricultura – principalmente nas áreas de cultivo, onde a falta de remuneração causa demissões e férias coletivas.

Segundo o secretário adjunto de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, a decisão caberá a técnicos do Laboratório Laqua/IFSC (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, campus de Itajaí) e da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), responsáveis pela coleta e análises de amostras de água e de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões). “As últimas quatro análises deram negativo para ostra em cultivos localizados mais ao Sul. Então, é importante avaliar se é possível liberar as ostras em áreas não contaminadas”, diz Spies.

O consumo de mexilhões, no entanto, continuaria interditado. Como este molusco é o indicador universal para contaminação pela toxina diarreica DST, causada pela alta concentração de microalgas trazidas pelas correntes marinhas das Malvinas, os testes são mais específicos. “São utilizados camundongos, e os últimos testes laboratoriais realizados com mariscos ainda indicam contaminação”, alerta Spies.

O secretário ressalta que a interdição preventiva da maricultura, desde 24 de maio, está baseada em protocolos do Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves. “É questão de saúde pública. Não tem como remediar, apenas tentar reduzir as perdas do produtor”, acrescenta.

A estimativa da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina), com base na produção de 2014, é que 1.800 toneladas deixem de ser consumidas em um mês de maré vermelha, em torno de R$ 5,8 milhões.

Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 20/06/2016.

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