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“Incorreções” do Plano Diretor e “uma página virada”

Por Carlos Damião (ND, 02/01/2014)

Risco

Vereador Lino Peres (PT) aponta, em extenso documento, centenas de falhas, incorreções e liberalidades do Plano Diretor aprovado pela Câmara de Florianópolis no dia 30 de dezembro. As questões são complexas, muitas de caráter técnico (ele é arquiteto e urbanista). Mas uma, em especial, me causou estupor: a possibilidade de uso comercial da área do Exército em frente ao Beiramar Shopping. Se for assim, que o terreno continue baldio e aos cuidados do Exército!

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Ainda no relato de Lino Peres, outro terreno pertencente à União e administrado pelo Exército, na mesma rua Bocaiúva, também pode correr o risco de cair nas mãos de especuladores. Tomara que não. A antiga chácara Molenda, onde funcionou a reitoria da UFSC nos primeiros tempos, é uma das últimas reservas de verde do centro de Florianópolis.


Por Carlos Damião (ND, 06/01/2014)

Terreno

“A SDE (sigla para Distrito: Sede) 9 deixa claro: zonear a área (Mauro Ramos com Beira-Mar Norte) para que se ‘viabilize construção no lote’. Deveria ser área de uso público, em vez das indicações de uso privado no novo Plano Diretor”, observa o vereador Lino Peres (PT), sobre o terreno do Exército existente na esquina das duas avenidas, em frente ao shopping.

Tesouro ameaçado

O outro terreno do Exército, na antiga chácara Molenda (rua Bocaiúva), foi definido pelo Plano Diretor como Área Comunitária Institucional, mas o vereador Lino Peres defende a transformação do local em Área Verde de Lazer, que preservaria a bela vegetação e fauna, como um parque, atendendo a enorme deficiência de áreas públicas de lazer. Como ACI, a área pode receber construções públicas (hospital, escola etc.).

* * *

O casarão existente no terreno do exército na Bocaiuva é hoje a sede do comando da Brigada Silva Paes, do 16º Batalhão de Infantaria Motorizada. Mas foi a primeira reitoria da UFSC, bem no início da década de 1960.


Por Carlos Damião (ND, 06/01/2014)

Uma virada de página

O que parece mais significativo, na aprovação do Plano Diretor de Florianópolis, é a virada de página, quase alcançando a virada do ano. O documento representa uma vitória da prefeitura e da bancada governista, em ampla maioria, na Câmara Municipal. Mas não representa, de fato, uma vitória da sociedade, porque não é uma matéria popular, consensual, plebiscitária. Talvez por isso os protestos de sábado (28) e de ontem não tenham tido tanta adesão, limitando-se às vozes isoladas da oposição político-partidária ou ambientalista, exercendo o legítimo direito ao jus sperniandi. Parece-nos que, em linhas gerais, não é o plano definitivo, nem ideal, mas o possível para este momento de Florianópolis – uma cidade que precisa definir seu rumo a partir de limites bem estabelecidos. Não é mais possível crescer de qualquer jeito, como ocorreu até aqui, com a permissividade pontual e a tolerância aos nefastos puxadinhos urbanísticos que descaracterizam e empobrecem a paisagem. Nesse aspecto, o plano promove ajustes e inovações, indispensáveis à construção (sem trocadilho) do futuro. Vai ser contestado na Justiça? Muito provável, como já foi até domingo (29), até porque, como analisei aqui há uns meses, trata-se de matéria de alta complexidade, sendo impossível agradar a gregos e troianos.

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