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Ocupação das áreas de domínio impede a rodovia ideal

No Sul da Ilha, mais do mesmo de sempre naquelas bandas: as performances orquestradas para garantir aos jornalões engajados em populismo e demagogia o motivo para “ouvir o outro lado”, e destacar na reportagem a notícia de que a obra inaugurada está aquém das expectativas “da população”.

As minorias de plantão, organizadoras de clamor por interesses peculiares, acham que tudo lhes é permitido em nome da liberdade de expressão e do “direito de participar”. Elas querem governar o governo eleito pelo voto democrático da maioria. E tomam eventos de assalto para implodir cerimônias de mandatários filiados às legendas partidárias inimigas.

As manifestações de desagrado com a terceira pista da SC-405 começaram na véspera da inauguração, marcada para o dia 22 de dezembro. Uma “multidão” de 30 ou 40 militantes, camuflados de moradores e ciclistas da região, carregando faixas e cartazes, promoveram vários tranca-ruas e atrapalharam o trânsito nos horários de pico. Era só uma prévia do que aconteceria no dia seguinte, quando destilaram intolerância e agressividade com o governador e o prefeito, interromperam os discursos com intervenções mal educadas, e praticamente impediram a continuidade da cerimônia.

Até as favelas encarapitadas nos morros da Costeira sabem que a 405 é uma rodovia estadual, cuja faixa de domínio está invadida por milhares de prédios, residenciais e comerciais, sem que a “população” jamais tenha feito protestos indignados ou dado um só pio de contrariedade. Aliás, todos sabemos o que acontece – inclusive com apoio da mídia – quando alguma autoridade ousa o menor gesto para impedir invasões de espaços públicos em nome do “direito à moradia digna”.

Pois agora! A “população exige” passeio público e ciclovia na rodovia estadual mas não há espaço para isso. O governador e o prefeito reconhecem que foi realizada apenas a obra possível, por causa das condições de ocupação do entorno do traçado: para chegar ao que foi feito, quase metade dos R$ 7,6 milhões dotados para a obra foram gastos com a desapropriação de 93 imóveis. Para fazer a rodovia dos sonhos dos moradores do Sul da Ilha seria necessário desapropriar outros 500 imóveis: algo como R$ 18 milhões!

Há rumores de que a gritaria está relacionada exatamente às pretensões de parte desses 500 moradores, interessados em que o governo “compre” deles as áreas públicas ilegalmente ocupadas.

(Jornal Ilha Capital, 02/01/2012)

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