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07/10/2011
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07/10/2011

O que Guga vê, a cidade também vê

Alertas do ex-tenista sobre problemas da Capital são também preocupações diárias da população
O alerta lançado na terça-feira por Gustavo Kuerten, sobre a perda da qualidade de vida em Florianópolis nos últimos anos, assustou. Mas o conteúdo das suas preocupações não chega a ser novidade. Reflete as apreensões da maioria dos moradores, expressas em dezenas de páginas de reportagens do Diário Catarinense.
Entre os pontos destacados pelo ex-tenista, o que mais chama atenção é a segurança. Só neste ano, foram 17 reportagens especiais nas páginas 4 e 5 do DC, abordando a insegurança da população em diversos locais de Florianópolis.
Pelo menos 91 edições trouxeram episódios que impressionaram os leitores pela violência, como o caso do argentino assaltado e morto em Canasvieiras, em plena temporada.
Os problemas relacionados à mobilidade urbana ocuparam as reportagens especiais em 14 edições, até outubro. A dificuldade de integração entre os sistemas de transporte, as propostas de uma quarta ponte e soluções para o aprimoramento do transporte coletivo não poderiam deixar de ser os temas de uma cidade que já cansou de enfrentar filas todos os dias e foram retratados, no mínimo, em 23 edições.
– Me desculpe, correr algum risco ou a minha família, ou não ter o bem-estar, prejudicar a minha vida por estar morando aqui, eu vou procurar uma situação mais favorável – afirmou Guga, no início da semana, ao Diário Catarinense, citando vários exemplos que preocupam.
Mas há motivos de sobra para convencer Guga a continuar morando na Capital catarinense. Belezas naturais, patrimônio histórico e cultural são riquezas que Florianópolis tem de sobra e que foram alvo de 12 reportagens especiais e estiveram pelo menos em 49 edições.
A capacidade que as lideranças e toda a população terá de combater os problemas e, ao mesmo tempo, preservar o muito que há de positivo em Florianópolis será decisiva para desenhar o futuro da cidade.
(Por Gabrielle Bittelbrun, DC, 07/10/2011)
Plano diretor da cidade se arrasta
Um passo importante para resolver alguns problemas da cidade, como a falta de infraestrutura e as dificuldades de mobilidade urbana, é a elaboração de um plano diretor. Mas o de Florianópolis vem sendo debatido desde 2006. Depois de 2008, ele começou a ser alvo de reclamações porque as propostas das comunidades não estariam sendo contempladas. O Ministério Público de SC chegou a recomendar, em 2009, que se retomassem as discussões com a população.
O secretário de Educação do município, Rodolfo Pinto da Luz, foi o encarregado de refazer esse diálogo. Ele informa que o plano diretor deverá ser submetido a audiências públicas até o fim deste ano para ser encaminhado à Câmara de Vereadores.
– Tem coisas que mexem com vários interesses. As pessoas querem mobilidade, mas não querem deixar de passar com o carro nos locais.
Em entrevista ao colunista Rafael Martini, publicada nesta edição (páginas 2 e 3), o prefeito Dário Berger mostrou pessimismo sobre a chance de aprovação rápida do plano.
O presidente do Conselho Comunitário Fazenda Rio Tavares, João Nazareno Bilck, destaca que não basta só planejar, mas investir.
– Não é investido nada em transporte coletivo. Fila por fila, se ficar assim, as pessoas preferem ficar no conforto do ar condicionado.
A professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, Alina Santiago, destaca que a cidade precisa ter planejamento considerando o espaço de circulação. Para ela, ainda não foi tomada uma medida real para melhor mobilidade em Florianópolis:
– Não adianta continuar pensando a cidade só para carros; estamos cada vez mais amarrados.
RODOLFO PINTO DA LUZ, Secretário de Educação, que supervisiona as alterações no Plano Diretor
“O plano diretor envolve assuntos polêmicos, de construção de avenidas, desapropriações, tudo isso é difícil.”
JOÃO NAZARENO BILCK, Presidente do Conselho Comunitário Fazenda Rio Tavares
“Os políticos decidem tudo no gabinete, na sala de ar condicionado. Eles precisam ver o que a comunidade passa todo dia.”
ALINA SANTIGO, Professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC
“Mobilidade urbana exige investimento de planejamento e ação, todos compartilham problema e solução.”
(DC, 07/10/2011)

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