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Em reunião com o MPSC, Casan compromete-se a reduzir quantidade de alumínio na água

Em reunião nesta quarta-feira (10/9/2008) com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) comprometeu-se a reduzir a quantidade de alumínio presente na água que abastece os municípios da Grande Florianópolis, que está em níveis acima do permitido, segundo apontaram testes em cinco pontos de distribuição escolhidos por amostragem. Em razão da ausência de kits para análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), a Casan também vai custear exames diários na água, nos mesmos cinco pontos. Os testes deverão ser realizados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a coleta diária da água a ser examinada será feita por técnicos da Vigilância Sanitária Estadual.

A pedido do Ministério Público, teste realizado pela Vigilância Sanitária no dia 8 de setembro de 2008 mostrou que estes cinco pontos apresentavam quantidade de alumínio na água acima do permitido. No dia seguinte (9/9/2008), novo exame na água nos mesmos locais apontou que em três deles ainda havia adição do metal em níveis não aceitáveis. A Vigilância informou que o Lacen vai adquirir os kits necessários para assumir a realização dos exames a partir de outubro. “Segundo análise da Vigilância Sanitária, não há necessidade de adoção de abastecimento alternativo à população, pois os níveis de alumínio são baixos e não ocasionariam problemas à saúde”, explica o Promotor de Justiça Fábio de Souza Trajano, que apura o caso e convocou a reunião.

Os representantes da Casan presentes na reunião explicaram que está ocorrendo extração irregular de areia às margens do Rio Cubatão, que abastece a Grande Florianópolis. Segundo explicou a Casan, a irregularidade aumenta a turbidez e dificulta o tratamento, o que teria levado a companhia, no mês de agosto, a adicionar maior quantidade de sulfato de alumínio, utilizado como coagulante no tratamento da água. Além disso, a companhia explicou que dois dos 12 filtros usados no tratamento da água estão danificados, e que sua recuperação levará três meses.

Para que os níveis sejam regularizados na água, a Casan comprometeu-se a substituir, nos próximos dias, o sulfato de alumínio por sulfato férrico. A extração irregular de areia no Rio Cubatão já está sendo apurada em inquérito policial, segundo o Ministério Público foi informado. Participaram da reunião a Diretora e a Gerente da Vigilância Sanitária Estadual, Raquel Bitencourt e Margaret Grando, respectivamente. A Casan esteve representada pelo Diretor Regional, Julcinir Gualberto Bittencourt, pelo Superintendente, Carlos Alberto Coutinho, além de técnicos. O Promotor de Justiça marcou nova reunião para o dia 22 de setembro, às 15h30, na 29ª Promotoria de Justiça.

(Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC, 10/09/2008)

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