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Pesquisadores da UFSC emitem nota técnica sobre consequências do rompimento de barragem na Lagoa da Conceição

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicaram nesta quinta-feira, 25 de novembro, uma nota técnica conjunta sobre os dez meses da data do rompimento da barragem da Lagoa de Evapoinfiltração (LEI) da Casan, na Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. O documento é assinado pelo Projeto Ecoando Sustentabilidade, Laboratório de Ficologia (LAFIC), Laboratório de Oceanografia Química e Biogeoquímica Marinha (Loqui), Laboratório de Biodiversidade e Conservação Marinha (LBCM), Núcleo de Estudos do Mar (Nemar) e Veleiro Eco.

A nota técnica fala sobre os processos que ocorreram após o desastre de janeiro deste ano, dentre eles: florações de algas, mortandade de peixes, anoxia (falta de oxigênio na água), coloração e mau cheiro nas águas, sucessão ecológica, entre outros. O documento responde ainda a argumentos apresentados no parecer técnico e autorização emitida pelos órgãos ambientais para nivelamento do “delta arenoso” formado.

Os pesquisadores abordam no texto a necessidade de um tratamento de efluentes que vise remover poluentes de forma mais efetiva e descrevem as características geomorfológicas e a sucessão de vegetação e de organismos que ocorreu na região de impacto, onde se formou o baixio. Eles ressaltam a importância da vegetação e macrofauna presentes no local, com destaque para a função de biorremediação, remoção de nutrientes e poluentes, e o motivo para que não fosse removido.

De acordo com a nota, a Lagoa da Conceição vem sofrendo as consequências do crescimento populacional, sub-dimensionamento da rede de tratamento de efluentes domésticos, ligações alternativas e inadequadas, desde a década de 80, quando o balneário passou a ser visto com bons olhos por turistas e especulação imobiliária. Estima-se que, em 2016, apenas 15% da população da localidade era beneficiada pelo sistema de tratamento de efluentes e as demais moradias possuíam sistemas alternativos.

Leia a íntegra da nota técnica

(UFSC, 25/11/2021)

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