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Decreto frustra gastronomia de SC; confira as reivindicações do setor

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 11/04/2021)

Afetado por uma crise que já causou o fechamento de 30% das empresas e eliminou 45 mil postos de trabalho em Santa Catarina desde março do ano passado, o setor gastronômico ficou frustrado com o decreto estadual de sexta-feira (9) que apenas prorrogou por duas semanas as medidas restritivas de enfrentamento da Covid-19 que já estavam valendo, sem qualquer alteração nas regras para bares e restaurantes.

No documento entregue ao Centro Administrativo, também na última sexta-feira (9), o Movimento SOS Gastronomia – que reúne mais de 30 entidades de todo o Estado– pede mudanças das regras de funcionamento das empresas e medidas de apoio econômico que evitem o fim de mais CNPJs.

Os donos de bares e restaurantes querem que o limite de ocupação de 25% seja substituído por um pacote de medidas: permissão do consumo de bebidas e alimentos somente quando os consumidores estiverem sentados, distanciamento mínimo de 1,5m entre as mesas e grupos de no máximo 8 pessoas. Além disso, pedem o fim da restrição do consumo de álcool e o aumento das penalizações aos estabelecimentos infratores.

“Não podemos penalizar uma grande maioria que cumpre com as medidas por conta de uma minoria que, além de desrespeitar as medidas de segurança, promove uma concorrência desleal”, registra o documento. Enquanto houver fila de espera por leitos de UTI, o setor sugere ainda restrição a apresentações de DJs e bandas em qualquer tipo de estabelecimento, mas que, em contrapartida, seja pago um auxílio emergencial para a categoria.

“É facil de compreender por que as medidas adotadas são ineficazes, pois elas deslocam encontros em bares e restaurantes para as residências e eventos clandestinos, onde não existem protocolos nem fiscalização”, afirma Raphael Dabdab, presidente da Abrasel-SC.

“O decreto atual favorece o consumo nesses ambientes, e esta é uma das justificativas que explicam porque, apesar do setor de gastronomia e entretenimento ter medidas restritivas severas, os índices de contágio e taxa de ocupação de leitos não tenha reduzido da forma esperada”, aponta o SOS Gastronomia no texto entregue ao Executivo.

Os empresários entendem que, com a implementação das sugestões apresentadas ao Executivo, o público migraria para ambientes regrados e facilmente fiscalizáveis. O segmento promete fazer uma mobilização estadual caso os pleitos sejam ignorados.

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