Sem permissão para decolar
11/08/2009
A cidade que queremos
11/08/2009

Artigo escrito por Paulo Bornhausen – Deputado federal (DEM-SC) (DC, 11/08/2009)

As novas tecnologias de informação e comunicação estão alterando profunda e rapidamente as formas de produção, prestação de serviços públicos, trabalho e relacionamento social em todos os países. No Brasil, é necessário discutir a capacidade de ajustamento mais efetivo às tecnologias e os mecanismos que precisamos desenvolver para ampliar a inclusão social, o desenvolvimento e a qualidade de vida da população. Alguns estudos colocam essas novas tecnologias como um fator de transição entre a sociedade industrial e a sociedade informacional. Outros apontam para a possível ampliação das desigualdades internas entre pessoas e regiões de um país e entre nações.

O aprofundamento dessas questões abre o debate sobre componentes fundamentais das sociedades de hoje, como o ambiente tecnológico no que tange ao acesso de maior parcela da população aos serviços e conteúdos de informação e de comunicação.

No âmbito do governo e da atuação do setor público é preciso ampliar a compreensão de que a integração e convergência das novas tecnologias constituem matéria de ordem política e para a qual precisamos definir muito rapidamente novas possibilidades para a inclusão sociodigital. Os esforços da última década nesse sentido são relativos e ameaçam o desempenho econômico do país a curto e longo prazo. Continuamos com significativo déficit de integração e inclusão. Há pontos de partida essenciais para a formulação de uma estratégia contemporânea de inclusão digital. É fundamental, por exemplo, tratar de modo prioritário o grande contingente de jovens e estudantes sem acesso efetivo ao universo digital.

Da rapidez e competência com que formos capazes de equacionar essas questões complexas em muito dependerá o futuro da nação.

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