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Comércio em Santa Catarina tem a menor queda nas vendas do país

O varejo catarinense amargou queda de 4,3% no volume de vendas em abril, primeiro mês impactado do início ao fim pela pandemia, conforme aponta a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (16) pelo IBGE. Ainda que o resultado seja negativo e abaixo do registrado em março (-3,2%), foi o melhor desempenho entre todos estados da federação. Somando os dois meses, Santa Catarina acumulou queda de 7,4%, contra 18,6% da média nacional, a maior variação negativa desde o início da série histórica em 2000.

Considerando o varejo ampliado, que inclui o comércio de veículos e materiais de construção, a queda é ainda mais significativa (-19,7%), porém superior à média nacional (-27,1%), na comparação com o mês anterior. Todos os grupamentos de atividades apresentaram recuo no país, incluindo supermercados (-11,8%) e farmácias (-17%), considerados atividades essenciais. O setor do vestuário (-60,6%) foi o mais afetado, seguida por Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%).

“A retração do comércio em Santa Catarina foi menor do que no resto do país possivelmente por que o Estado adotou em março as medidas de isolamento social, com o fechamento dos estabelecimentos, e pode começar a abrir as portas no dia 13 de abril, com a retomada gradual das atividades”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. O mercado de trabalho catarinense foi duramente impactado e registrou em abril o pior resultado desde 2004.

Os dados também apontam uma mudança significativa na relação entre volume de vendas e receita nominal. Enquanto em março a maioria dos estados observou uma queda menor na receita do que no volume, em abril a média nacional inverteu. Dobrou  o número de estados (11) no qual a variação da receita nominal foi mais negativa do que o volume.

Santa Catarina é o estado que mais se destaca nessa disparidade, com redução de 9,2% nas receitas do varejo, ainda assim a menor retração do Brasil. Este movimento indica que há um processo de redução do ticket médio do comércio, fenômeno associado às incertezas e quedas da renda e emprego, que levam a uma redução do consumo não apenas em volume, mas também em valor.

O gráfico abaixo compara as variações no volume de vendas em relação a abril de 2019, por grupamento de atividade, em Santa Catarina (vermelho) e no Brasil (azul):

(Fecomércio, 16/06/2020)

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