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Marés vão estabilizar faixa de areia de Canasvieiras em 35 metros, diz secretário

A chegada das marés mais altas, durante a baixa temporada, vão mexer com a faixa de areia da Praia de Canasvieiras, que teve a obra entregue nesta sexta-feira (17). Com quase 50 metros de extensão, o mar deve ocupar cerca de 15 metros da faixa de areia, deixando a praia estabilizada com 35 metros na próxima temporada de verão. Esse movimento natural do mar, já aguardado pelos técnicos, vai eliminar o degrau relatado por banhistas que hoje existe, causando uma profundidade grande assim que a pessoa entra na água.

O secretário de Infraestrutura, Valter Gallina, acompanhou a elaboração dos estudos com a empresa Prosul, que idealizou o projeto. Segundo ele, tudo foi elaborado pelo maior oceanógrafo do Brasil. As marés de inverno, a partir de abril, devem ocupar 15 metros da faixa de areia, fazendo com que a praia fique mais estabilizada para a próxima temporada de verão.

“Quando vierem as grandes marés, ela vai se conformar. Tanto na parte física da praia, na sua originalidade, como na sua largura ela vai se estabilizar em 35 metros. Dessa forma que o projeto foi definido. Vai acabar com o degrau. A maré vem e vai acarrear. Esses 15 metros é pra conformar o degrau. Daí ela vai ficar na sua originalidade”, comentou.

A obra de ampliação da praia foi entregue na manhã desta sexta-feira (17) com a presença de diversas autoridades. O prefeito Gean Loureiro (DEM) agradeceu a todos os envolvidos e ressaltou que as coisas em Florianópolis mudaram e que as coisas são possíveis, sim. E voltou a afirmar que quer dar início aos estudos para ampliar o canto Sul dos Ingleses ainda em março.

As obras de engordamento da Praia de Canasvieiras proporcionaram um aumento da faixa de areia em até 40 metros. O balneário estava quase desaparecendo em virtude do aumento do nível do mar na região do Norte da Ilha de Santa Catarina. Para o trabalho foi empregado um navio draga que possui um braço que é colocado no fundo do oceano e recolhe da jazida a areia. Quando o porão está cheio, ela navegava ao ponto de encontro da canalização e se conectava para empurrar a areia para a praia, onde máquinas retroescavadeiras faziam o assentamento do material.

A ordem de serviço para o trabalho foi assinada no dia 21 de agosto, já que houve atrasos nas licenças ambientais e um problema que tirou a draga de operação por uma semana neste mês de dezembro. A obra teve investimentos na ordem de R$ 10,5 milhões.

Veja como era o trabalho da draga em Canasvieiras

(Jornal Conexão, 17/01/2020)

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