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Reforma do Terminal Cidade de Florianópolis está prevista para iniciar ainda neste ano

A prefeitura de Florianópolis deve iniciar ainda este ano a reforma do Terminal Urbano Cidade de Florianópolis (Tecif), no Centro. A estrutura do local está precária e com aspecto de abandono.

A previsão é que o edital de licitação seja lançado até o final do mês de outubro para contratar a empresa que fará os reparos.

Marcelo Roberto da Silva, secretário de Transporte e Mobilidade Urbana de Florianópolis, informa que será feita a recuperação do terminal, incluindo a reposição de lâmpadas e calhas, sinalização horizontal e vertical, troca da canalização quebrada, pintura de bancos e das grades, melhoria do pavimento, entre outros itens. A obra está orçada em torno de R$ 200 mil, sem prazo previsto para a conclusão.

– Um dos critérios para a escolha da empresa vencedora será o menor tempo apresentado pela concorrente – diz.

Usuários reclamam do abandono

Diariamente Beatriz Filisbino, 21 anos, moradora de Governador Celso Ramos, vem à Capital para estudar. Ela conhece de perto os problemas que os usuários do transporte coletivo enfrentam.

– A estrutura é bem precária, começando pela questão da segurança, principalmente nos fins de semana. A gente se sente ameaçada por estar aqui, é como se fosse um lugar abandonado da cidade. Comparado a outros terminais, não tem uma estrutura de banheiros, fornecimento de água, é bem complicada essa situação – desabafa Beatriz.

Bancos com a tinta descascada e madeira apodrecendo, ferros enferrujados, canos e lixeiras quebradas, pichações nos banheiros, falta de bebedouros, iluminação adequada e tabelas de horários dos ônibus à mostra são alguns itens precários verificados pela reportagem.

Dona Zelânia Freitas, 50, acrescenta ainda a falta de quiosques direcionados ao comércio em geral e a ausência de cobertura para a proteção dos usuários.

— Precisamos de proteção para a chuva, porque quando chove molha todo mundo. Era bom ter quiosques também, porque só tem alguns vendedores, mas são poucos. Na verdade, tem que melhorar tudo — sugere.

A falta de estrutura adequada não é a única reclamação dos usuários. A segurança é o assunto que mais preocupa os passageiros. Denilson Sabino Lima, 32, trabalha desde 2002 com venda de doces no local e diz que os usuários têm medo de alguns moradores de rua que dormem no local.

– Isso aqui para melhorar tinha que reformar e colocar os guardinhas que tinha aqui dentro, porque antes tinha segurança. Agora a gente tem que estar cuidando até dos passageiros. Às vezes, o pessoal dá em cima da mulherada e a gente tem que sair com eles daqui – diz.

O vendedor ambulante reclama ainda do vazamento de água dos canos que, segundo ele, parece uma bica quando chove e já viu os ferros quase caírem na cabeça das pessoas.

(Hora de Santa Catarina, 10/10/2018)

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