Não existe clima político para que os serviços de água e esgoto sejam totalmente privatizados na Capital, segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), Dilvo Tirloni, o principal estimulador do Fórum de Saneamento Ambiental realizado ontem na sede da seccional de Santa Catarina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC).
“Muitas pessoas estão acusando a Acif de querer a privatização do setor, mas não existe clima político para isso, para se negociar com uma agência privada”, disse. A alternativa possível, segundo Tirloni, é a criação de uma empresa de economia mista, nos moldes da Casan, mas voltada apenas para a região de Florianópolis”.
A possibilidade de uma renovação do contrato entre a Prefeitura da Capital e a Casan, segundo o presidente da Acif, como está sendo defendido pelo presidente da Câmara Municipal, Marcílio Avila, não é a melhor alternativa. “Os recursos gerados aqui devem ficar na região e com a Casan existe a cobrança do chamado subsídio cruzado, fazendo com que parte da receita gerada aqui seja aplicada em outros municípios”, explica Tirloni.
O novo modelo proposto pela Acif e aprovado no Fórum realizado ontem, prevê a geração de aproximadamente R$ 600 milhões em 10 anos ou cerca de R$ 60 milhões em um ano. “Com R$ 400 milhões é possível solucionar todos os problemas de esgoto nos municípios da região de Florianópolis”, assinala.
Para o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina (Senge-SC), José Carlos Rauen, a renovação do contrato entre as prefeituras da região e a Casan não pode ser descartada, pois se trata de uma “empresa eficiente e que existe há 35 anos. Não estamos propondo o seu desmonte”, garantiu. Como não existem recursos para investimentos em saneamento, “devemos observar e levar em conta as experiências comerciais e públicas no setor”.
O mérito do Fórum realizado ontem, segundo Rauen, foi o de “retirar a discussão sobre o futuro da água e do esgoto da esfera dos governos, trazendo essa discussão para a sociedade” e analisando as diversas experiências. “Por esse motivo, trouxemos para o Fórum representantes dos municípios onde os serviços foram municipalizados”, destacou, citando como exemplos Joinville e Itajaí, além de Blumenau e Jaraguá do Sul, cujas prefeituras assumiram a atividade há vários anos.
Empresa joga esgoto em bueiro na UFSC
Dois funcionários da empresa A Jato Desentupidora foram presos por volta das 18h30 da última quinta-feira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), quando despejavam esgotos num bueiro na rua Andrey Cristhian Ferreira, no campus da Trindade. Eles foram flagrados por servidores do Grupo Especial de Ronda Universitária (GERU) da UFSC, que já haviam sido alertados sobre o procedimento.
Segundo o site Unaberta do curso de Jornalismo da UFSC, os vigilantes do GERU deram voz de prisão aos dois funcionários da empresa, Joanir da Silva Costa e Eli Cristiano Azeredo, tendo chamado a Polícia Civil para efetuar a prisão dos dois. Enquanto os policiais civis não chegavam, eles alegaram a existência de um vazamento na válvula do equipamento.
Diante dos policiais, eles ficaram calados, sendo encaminhados à Central de Polícia da Capital e autuados em flagrante por crime ambiental, enquadrados no artigo 54, parágrafo 2o, (inciso V) da lei número 9605/98. Sem identificação da empresa ou telefone, o caminhão também foi apreendido e só na Central de Polícia foi confirmado ser da A Jato.
Essa não foi a primeira vez que funcionários dessa empresa realizam o despejo de dejetos de fossas sanitárias na UFSC. Há cerca de 20 dias, a GERU foi informada de idêntico procedimento, mas os responsáveis fugiram ao notar a chegada dos vigilantes. Como o crime é inafiançável, Joanir e Eli permanecem presos no bairro do Estreito.
(Celso Martins, A Notícia, 05/12/2006)
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1 Comentário
a AOB estava contra a mudança de zoneamento
mesmo assim não fes nada para ajudar a comunidade entrou com proçeso que acabou
enbargando a creche da comunidade os mais
que perde e nos ,moeda verde e pizza .