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“O foco é a experiência do usuário”, diz vice-presidente da empresa que fará o novo terminal do Hercílio Luz

Da Coluna de Ânderson Silva ((NSC, 06/01/2018)

Especializada em obras no setor privado, a Racional Engenharia foi escolhida pela Floripa Airport para fazer as obras do Hercílio Luz. A empresa de São Paulo terá um papel de design-builder, em que será responsável pelo desenvolvimento dos projetos executivos (pré-construção) e construção do terminal. Dentre os trabalhos a serem feitos estão a readequação da via de acesso, finalização do pátio de aeronaves, estacionamento térreo descoberto para 2580 vagas, novo terminal de passageiros com 10 pontes de embarque e um viaduto de acesso e o aumento de acostamento em pista de pouso.

Os técnicos da Racional ainda fazem fazer os projetos básicos e executivos de arquitetura, fundações, estrutura, infraestrutura, paisagismo, mobiliário operacional, iluminação, sistemas eletrônicos aeroportuários, entre outros. Esta será a primeira obra da empreiteira em Santa Catarina. Em entrevista ao DC, a vice-presidente da Racional Engenharia, Erika Matsumoto, estima que no pico das obras em Florianópolis sejam contratados 750 trabalhadores.

— A Racional está se colocando como braço de engenharia e construção da Floripa Airport, aportando inteligência de engenharia desde a fase de projetos até a entrega do Aeroporto em operação — explica a vice-presidente (leia abaixo a entrevista completa).

A construtora também foi responsável pelas obras no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, onde a Zurich Airports tem participação na concessão. Aquele foi o pimeiro trabalho de infraestrutura da Racional no país. Os demais eram focados em shoppings, indústrias, entre outros.

ENTREVISTA COM ERIKA MATSUMOTO, VICE-PRESIDENTE DA RACIONAL ENGENHARIA

“As melhores práticas da Zurich foram colocadas no projeto”

A previsão da Racional de conclusão do novo terminal é para maio de 2019 para que ele entre em operação em outubro de 2019. Como fazer a obra do novo terminal em 16 meses?

A primeira obra de infraestrutura que fizemos foi em Confins (Belo Horizonte) e nos perguntaram como a gente ia cumprir o prazo com qualidade. Respondi que esse é o meu mercado, sempre focamos no mercado privado. Sempre trabalhamos no mercado industrial, construção de shoppings, hospitais, um centro de pesquisa de tecnologia, entre outros. Debutamos na infraestrutura por questões das grandes empreiteiras. Tivemos a Lava-Jato e o afastamento natural das grandes empreiteiras por conta disso. E foi o que ocorreu em Confins. Lá, em tese, a Andrade Gutierrez e Camargo iam fazer as obras, e ocorreu todo o processo. Então, a concessionária foi ao mercado e acabamos ganhando. Fizemos uma extensão do atual terminal e um grande terminal iniciado do zero. Diferentemente do de Florianópolis, que será um prédio totalmente novo. Reputo o sucesso de tudo que colhemos até hoje à parceria que já fazemos no mercado atual e temos um modelo que por anos a gente pratica, a pré-construção, colocar conhecimento no projeto, que é a fase mais barata. Fizemos parceria com a Zurich antes mesmo do leilão. Fomos como um braço de engenharia deles.

O que tinha de benefícios em Florianópolis dentro dos quatro aeroportos que foram colocados a leilão?

Em termos de projeto, para a gente era o melhor, era o que a gente estava torcendo. Ele é praticamente do zero. Em Confins, precisava fazer a interligação com o terminal existente. Tinha um complicador de execução que precisava ser conectado com o novo. Em Florianópolis, vamos conseguir manter a operação no existente enquanto executa o novo. Em termos construtivos é o melhor que se pode ter. Refomar é sempre pior. Será um aeroporto muito moderno, as melhores práticas da Zurich foram colocadas no projeto. É um projeto bem legal e funcional, sem deixar de ser bonito. O foco é o passageiro, a experiência do usuário. Será um projeto sem ter puxadinhos.

O CEO, Tobias Markert, tem dito que a ideia é se aproximar das pessoas e tornar o ambiente agradável para elas. O projeto se baseia nisso?

O conceito de aeroportos tem mudado e a ideia da Zurich foi sempre ser um destino, não uma passagem. Quanto mais a experiência for agradável mais pode fazer um fim. Vários aeroportos têm pensado nesse conceito. Por que não fazer um lugar em que se possa almoçar e jantar bem, ter experiência aliada ao negócio? É de fato um lugar para fazê-lo. Tem todo um conceito que começa a mudar. E isso o Tobias traz muito de interagir com a comunidade na parte turística como integrar com hotelaria e turismo. A Zurich tem preocupação de interagir com a cidade.

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