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Mais de 1,7 mil tartarugas foram achadas mortas em 2017 em SC

Só neste ano, mais de 1,8 mil tartarugas foram recolhidas pelo Programa de Monitoramento de Praias no litoral de Santa Catarina. Destas, 95% estavam mortas, cerca de 1,7 mil, como mostrou o Jornal do Almoço desta quarta-feira (20).

Esses animais são comuns no estado porque se alimentam das algas, que há em grande quantidade nos costões de praias. O problema é que esta área também é muito visada pelos pescadores.

Dados do programa mostram que cerca de 40% das tartarugas que morreram ficaram presas a redes de pesca fixas, que são proibidas. Como é difícil identificar quem coloca as redes, a fiscalização dos órgãos ambientais é pouco eficiente. Sem conseguir sair da água, elas morrem afogadas.

Em condições de saúde normais, as tartarugas conseguem ficar até oito horas debaixo d’água, sem respirar. Mas no mar, ainda encontram outro problema: o lixo. Cerca de 20% das tartarugas encontradas mortas no estado ingeriram lixo, porque confundiram com alimento.
Com papel e plástico no estômago, elas ficam debilitadas. Morrem engasgadas ou, por causa da fraqueza, quando encontram as redes, não conseguem sair delas.

Recuperação
Uma tartaruga verde, como é conhecida a espécie, voltou para casa depois de três semanas. Ela foi encontrada na praia da Atalaia, em Itajaí, presa a uma rede de pesca.

Exames confirmaram que estava com desidratação e anemia, então foi levada para o Projeto Tamar, em Florianópolis, para recuperar a saúde. Nesta quarta-feira, ela foi devolvida ao mar, em Itajaí.

Dados
Em dois anos do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos foram registradas 5005 acionamentos de tartarugas em Santa Catarina – 206 vivas e 4799 mortas.

Em 2017 foram 1885 tartarugas – 92 vivas e 1793 mortas

(G1, 21/09/2017)

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