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A falta que faz um “fiscal da cidade” para detectar problemas

Da Coluna de Carlos Damião (Notícias do Dia, 02/08/2017)

Na Avenida Santa Catarina (Estreito), proximidades da Rua Tijucas, há uma placa de trãnsito de cabeça para baixo que, obviamente, não cumpre a sua finalidade de orientação e, pior, ainda tira a atenção dos motoristas e pedestres. Registrei uma imagem (acima) e publiquei nas redes sociais, um pouco em tom de brincadeira (usando os versos de Caetano Veloso – “Alguma coisa está fora da ordem”).

Para minha surpresa, veio-me a informação, de parte de um primo: “Essa placa está assim há mais de dois anos”.
O que era para ser divertido despertou uma reflexão: por que não existe, no âmbito da prefeitura, alguém encarregado de verificar situações anômalas da cidade? Placas apagadas, amassadas ou viradas, faixas de pedestres apagadas, buracos renitentes, calçadas estropiadas, bancos de praças escangalhados, entre outras coisinhas miúdas que depõem contra a administração pública?

Muitas providências poderiam ser adotadas com simples boa vontade, sem custo ou com custo mínimo. Mas precisaria que um servidor público fizesse essas incursões pelas ruas e praças da Capital, anotando os problemas encontrados e encaminhando o documento posteriormente aos setores competentes.

Em tempo: durante mais de um ano uma placa com “E” cruzado (proibido parar e estacionar) ficou virada para a garagem do meu prédio, quando deveria estar em posição proporcional à via pública. Encaminhei mensagens por e-mail, telefonei para a prefeitura várias vezes, e a placa continuou invertida. Até que comentei o assunto com uma assessora de um secretário do município. Gentilmente, ela encaminhou a questão e, abracabra, um dia depois a placa voltou à posição correta. Não deveria ser assim. Porque pagamos impostos e esperamos que o poder público, em contrapartida, mantenha a cidade em ordem.

E talvez seja esperar demais da prefeitura. Vide a displicência política da fiscalização que permitiu a favelização (construções irregulares ás pencas) em Ingleses, Canasvieiras, Campeche e outros paraísos da Ilha nos últimos 10 anos.

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