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Aditivo encarece em R$ 11,2 milhões a reforma da ponte Hercílio Luz

O Governo do Estado autorizou um aditivo de R$ 11,2 milhões no contrato da reforma da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. Com a alteração, o valor dessa etapa da obra, antes previsto para custar R$ 262.925.435,21, agora subirá para R$ 274.185.344,13, um aumento de 4% do orçamento originalmente previsto. Deste valor, R$ 61,3 milhões já foram pagos em 2016. O aditivo foi autorizado em 29 de novembro do ano passado.

A assinatura da ordem de serviço com a empresa portuguesa Teixeira Duarte foi assinada em 18 de abril de 2016. A previsão é que a obra seja concluída em outubro de 2018. Além do valor do contrato atual, um levantamento do  Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) avalia que desde 1982, quando a estrutura foi fechada para reforma, foram gastos R$ 200 milhões na recuperação do patrimônio. O promotor do Ministério do Público de Contas (MPTC), Diego Ringenberg, fez um levantamento em gastos e valores previstos a serem aplicados de R$ 563 milhões até setembro de 2015, antes do começo do trabalho da empresa portuguesa.

A justificativa do Deinfra é que, durante a troca de peças no vão central da ponte, constatou-se que o número de materiais a serem substituídos era maior que o previsto no planejamento do serviço. Os operários trocaram 53 transversinas e 420 longarinas, quando a previsão inicial somente de transversinas era de 19.

— Os últimos levantamentos de inspeção foram entre 2008 e 2010. Percebemos agora que o número de peças que precisávamos trocar era maior do que o previsto —  explicou Wenceslau Diotalevy, engenheiro do Deinfra responsável pela obra.

Diotalevy pondera que o Estado cogitou consertar as peças, sem a necessidade de comprar os equipamentos. O valor, no entanto, fez o Deinfra mudar de opinião:

— Consertar as peças sairia muito mais caro, então optamos por comprá-las.

O presidente da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE), Carlos Nakazima, avalia que o valor do aditivo é coerente. Representante da entidade que ajuda na fiscalização da reforma, ele afirma que as condições da obra reservam esse tipo de situação:

— Quando nós falamos em reforma, tem coisas que não podemos prever sem estar enxergando em volta. É o caso da ponte Hercílio Luz. Quando eles tiraram os tablados é que verificaram as corrosões e que seria necessária a troca dessas peças.

Nakazima ainda defende a obra na estrutura, pois, segundo ele, se fosse feita a demolição, como defende parte da população, o valor gasto para o serviço seria aproximadamente o mesmo do usado para a reforma.

( Diário Catarinense, 17/01/2017)

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