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A Florianópolis do futuro discutida pela população nas audiências públicas do Plano Diretor

Beatriz deseja, entre outras coisas, que o Estreito e demais bairros do Continente contem com novas áreas verdes e de lazer. Paulo anseia por soluções no trânsito de Ingleses e clama por melhor qualidade de vida no bairro. Gert sonha com um parque ambiental no Pântano do Sul. Os três representam um pequeno extrato das pessoas que participam das audiências públicas para elaboração do novo Plano Diretor de Florianópolis, aprovado com polêmica em janeiro de 2014, mas contestado pela Justiça, que determinou à Prefeitura da Capital realizar novamente 13 audiências públicas distritais exigidas pelo MPF (Ministério Público Federal) para refazer o projeto.

Desde o dia 23 de maio, oito audiências já ocorreram, em debates com participação popular aquém do esperado na maior parte dos distritos. Tanto representantes distritais como o Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) consideram a série de encontros positiva em relação à qualidade das propostas apresentadas pela comunidade para organizar a ocupação urbana e o uso do solo na cidade.

Apesar disso, muitos contestam os diagnósticos propostos e o planejamento para solucionar os problemas. “O Plano Diretor não será a solução para os problemas do Distrito de Ingleses, por dois motivos: não temos soluções de mobilidade e nem qualidade de vida”, resume o empresário Paulo Spinelli, representante distrital de Ingleses e Santinho.

Na mesma linha, quem mora no Continente expõe diversas dúvidas quanto ao futuro proposto nas linhas do documento. A preocupação dos moradores é principalmente com a carência de infraestrutura de suporte para o grande crescimento projetado. “O que adianta aumentar o gabarito das construções se não temos estrutura para suportar isso?”, questiona Beatriz Kauduinski Cardoso, representante distrital no Plano Diretor. Segundo ela, a proposta da prefeitura não mostra projeções importantes para o sistema viário continental, como a duplicação da Via Expressa, a ampliação e o uso adequado da Beira-Mar Continental, a inexistência de vias alternativas para a melhoria de mobilidade e ausência de um sistema cicloviário em locais que seria de fácil administração.

Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 18/06/2016.

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