Obra desafogará o tráfego
A prefeitura de Florianópolis e o governo do Estado assinaram ontem a ordem de serviço para a implantação da terceira pista na SC-405 entre o Trevo da Seta, no Bairro Costeira do Pirajubaé, e o Trevo do Rio Tavares.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Valter José Galina, a obra é uma antiga reivindicação dos moradores do Sul da Ilha.
– Ela irá ajudar a desafogar o trânsito, diminuindo os engarrafamentos que normalmente ocorrem durante o verão, quando é grande o movimento de turistas – disse Galina.
Moradores da região concordam com o alívio no trânsito. No entanto, as opiniões divergem quando o assunto é o espaço que vai ser tomado das casas e estabelecimentos comerciais, e como vai ser paga a indenização pela derrubada dos mesmos.
Alceu Vili Kroth, 60 anos, há 35 anos proprietário de uma oficina mecânica próxima ao Trevo da Seta, acredita que muitos motoristas poderão se beneficiar com a obra, mas tem dúvidas se receberá valor relativo aos seus direitos se seu estabelecimento tiver que ser derrubado e o terreno tomado.
Comerciante diz sentir falta de informações
– Há mais ou menos vinte anos, quando asfaltaram a rodovia, já pegaram um pedaço do meu terreno. Sou um dos poucos que paga imposto corretamente por aqui e acho que dificilmente vão me indenizar se meu prédio for derrubado – disse Kroth.
As dúvidas não param por aí para os comerciantes e moradores que ficam às margens da SC-405.
A comerciante de móveis Evelin Severino Brum, 19, comenta que não tem informações sobre as obras. Diz que o local onde vai ser construída a pista é motivo de especulação.
– Não há dúvida de que o trânsito é terrível por aqui. O problema é que ninguém fala nada sobre a obra e não sabemos nem qual dos lados será alargado. Se tiver que derrubar parte da minha loja, não sei o que vou fazer porque não vai ter espaço para os móveis – frisou.
Marli Pinheiro, 50, e Salésia Maria Adriano, 51, moram logo depois da ponte sobre o Rio Tavares, no sentido Centro/praias, e também não têm conhecimento de como a obra vai atingir suas casas.
– Já vieram medir meu terreno, mas não tenho a menor ideia de quanto vai ser tomado, nem de como vai ser feito o acerto da indenização – declarou Marli.
Salésia também se preocupa com as indenizações, e avalia a obra como de benefício temporário.
– Daqui a alguns anos não vai ter adiantado muita coisa. O fluxo de carros vai aumentar. O que precisa ser feito são melhorias para a segurança dos pedestres.
(DC, 18/02/2009)
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0 Comentários
Para quem conhece a Avenida Campeche, no bairro de mesmo nome,”a rua do riozinho”. Sabe que a mesma não tem um único metro de calçada,os pedestres caminham no meio da rua, além das crianças que estudam na escolinha situada na mesma rua correrem o mesmo risco.A municipalidade constrói calçadas no centro, como na Av. Hecílio Luz e esquece do interior,imaginem como ficará no verão!!!!!!!!!!!!!!!!!