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Aeroporto e infraestrutura

(Editorial, DC, 28/04/2015)

A nova linha aérea entre Santa Catarina e São Paulo a partir do início das operações do aeroporto de Jaguaruna é sem dúvida um ganho para a integração do Estado com o centro econômico do país – e também, indiretamente, um reforço nas ligações entre as cidades catarinenses. Avançar na disponibilização de alternativas de pousos e decolagens para usuários do transporte aéreo é o primeiro passo para o desenvolvimento da aviação no país, principalmente no modelo regional, que ainda engatinha na comparação com Estados Unidos e Europa.

Assim como o aeroporto de Jaguaruna vai contribuir para o crescimento do Sul catarinense, a construção do novo terminal do Hercílio Luz, em Florianópolis, e a ampliação de Navegantes, que atende o Vale do Itajaí, incluindo Blumenau, também são essenciais.

São dois entraves com soluções distantes. No principal aeroporto catarinense, o novo terminal não sai do chão. Orçada inicialmente em R$ 436 milhões, a obra do Hercílio Luz foi envolta em uma série de problemas relacionados à empresa executora dos serviços, que acabou descredenciada pelo governo estadual por não apresentar garantias de que concluiria as instalações. Enquanto a segunda colocada aguarda a liberação de verbas do governo federal para retomar a obra – não existem garantias de que os recursos fiquem fora do contingenciamento –, que deveria ter sido entregue antes mesmo da Copa do Mundo, passageiros se amontoam no acanhado terminal, visivelmente incapaz de atender à demanda.

Em Navegantes, as melhorias no terceiro maior aeroporto do Sul do país em movimentação de cargas não ocorreram pela demora do município em firmar acordo com a Infraero. A consequência foi a perda de recursos para a desapropriação de áreas no entorno que serviriam para a ampliação da pista e para garantir segurança na operação de aeronaves maiores e com mais peso a bordo.

É claro que o aumento da oferta de voos, do transporte de cargas e de novas rotas, inclusive entre cidades as catarinenses, depende das empresas aéreas, reguladas pela procura dos serviços e pelo competitivo e caro mercado da aviação. Mas criar condições para que as companhias aéreas avaliem a viabilidade do negócio é o mínimo que se espera das administrações públicas.

EM RESUMO

Editorial cobra obras em Navegantes e Florianópolis

 

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