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Conheça o certificado internacional Bandeira Azul que a Praia de Palmas se candidatou

Santa Catarina tem outra candidata para cravar a bandeira no mapa mundial das praias com alta qualidade ambiental, bons serviço e infraestrura, e ainda com ações de educação socioambiental. A Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, se candidatou a receber a Bandeira Azul da Fundação para Educação Ambiental (Foundation for Environmental Education – FEE ) – uma certificação que conta com o respaldo da ONU, Organização Mundial de Turismo, Organização Mundial de Saúde e Ministérios do Turismo e do Meio Ambiente nacional.

Na temporada de verão de 2009/2010, a Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, era a única do país a possuir tal mérito. A bandeira permaneceu hasteada na temporada seguinte de 2010/2011, que também teve a praia do Tombo, Guarujá – SP, entre as certificadas. Mas desde 2011, o estado carece de uma representante, enquanto a praia do Tombo e a Prainha, no Rio de Janeiro, seguem com a bandeira azul.

— Foi um conjunto de fatores que tirou a Bandeira Azul de Jurerê Internacional. O lixo passou a ficar acumulado na lixeiras, o acesso pelas passarelas tinha tábuas danificadas e estava difícil de realizar a adequada manutenção — explica a coordenadora do Programa Bandeira Azul no Brasil, Leana Bernardi.

Órgão catarinense é responsável no Brasil

Enquanto a FEE é responsável pelo programa em todo o mundo, o Instituto Ambiental do Ratones (IAR), com sede em Florianópolis, é a organização que tem o mesmo compromisso no território brasileiro desde 2006. No primeiro ano, o IAR inscreveu 10 praias no projeto piloto do programa. Após dois anos, foi solicitado mais um ano para adequações e apenas cinco delas entregaram a documentação final para serem avaliadas pelos júris nacional e internacional. Apenas Jurerê recebeu a Bandeira Azul.

Para estar qualificado como órgão responsável pela avaliação das praias candidatas a receber a Bandeira Azul, a equipe do IAR passou por um processo de treinamento de dois anos até receber a certificação. A organização também conta com outras instituições parceiras para estar mais perto das praias e realizar a adequada fiscalização.

— Nós temos uma grande responsabilidade, pois se trata de uma certificação internacional com aval de outras grandes organizações. Por isso precisamos ser muito rigorosos nas avaliações para manter a credibilidade do programa. Se as pessoas deixarem de acreditar em nós, perde o valor do projeto — avalia Leana.

A preocupação em manter a qualidade e critérios das avaliações implicou em um menor número de praias candidatas. O IAR tem priorizado a manutenção dos projetos existentes. Além da Praia do Tombo – SP e Prainha -RJ, que já possuem a certificação, a Praia de Itaúna, em Saquarema – RJ e a Praia do Félix, Ubatuba – SP serão avaliadas em julho de 2014.

— A Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos entrou recentemente no projeto piloto, que consiste em dois anos para se adequar a todos os critérios até ser avaliada no segundo semestre de 2015 — explica Leana.

Bandeira azul está presente em 48 países

O Programa Bandeira Azul iniciou na França em 1985 e desde 1987 passou a incluir outros países da Europa. A partir de 2001 ampliou para outros continentes e em 2006 chegou ao Brasil. O programa é gerido ONG Fundação para Educação Ambiental (Foundation for Environmental Education – FEE ) e inclui praias fluviais e marinas.

Para uma praia receber a classificação da Bandeira Azul, a prefeitura de abrangência precisa encaminhar a solicitação para as instituições responsáveis em cada país e então entrar no projeto piloto. Serão dois anos para o local cumprir todos os critérios do programa. Depois passará por uma avaliação nacional e depois internacional.

Júri Nacional:
Instituto Ambiental Ratones; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Turismo; Secretaria do Patrimônio da União; SOS Mata Atlântica; Agência Costeira; SOBRASA; Outras entidades relevantes do setor privado nas praias e/ou marinas

Júri Internacional:
FEE – Foundation for Environmental Education; IUCN – The World Conservation Union; EUCC – European Union for Coastal Conservation; UNEP / PNUMA – United Nations Environmental Program; WTO – World Tourism Organization; WHO – World Health Organization; ILS – International Life Saving Association; ICOMIA – Conselho Internacional da Associação da Indústria Náutica; Reef Check Program

Praias precisam cumprir 34 critérios para receber a bandeira

Para receber a Bandeira Azul da FEE, as praias precisam cumprir categoricamente 34 critérios de avaliação. Todos divididos nos aspectos Educação e Informação Ambiental, Qualidade da Água, Gestão Ambiental e Segurança e Equipamentos.

— A grande intenção do programa é promover a mudança de comportamento de quem vive e visita as praias. Conforme essas pessoas estão em lugar qualificado e entendem a certificação, esperamos que valorizem e possam reproduzir o que conheceram em outros lugares — avalia Leana que destaca os aspectos educacionais e informativos.

Confira alguns critérios:

Atividades de educação ambiental
Centro de visitantes
Placa com informações sobre o programa e sobre da praia
Um comitê gestor da praia
Recipientes adequados para lixo na praia
Estimular meios de transporte sustentáveis
Pelo menos um ponto da praia com chuveiros
Balneabilidade
Guarda-vidas
Fonte de água potável
Policiamento

(Diário Catarinense, 07/01/2014)

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