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Estudo mostra que tratamento de esgoto aumentou em Florianópolis

Um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que houve avanço na coleta e tratamento de esgoto em Florianópolis. No ranking geral do saneamento, que analisa as 100 maiores cidades do país, a capital catarinense passou do 42º para o 33º lugar em relação ao levantamento do ano passado. A cobertura de coleta e tratamento na cidade é de 56%, segundo informações da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). O saneamento básico é discutido no Plano Municipal de Saneamento. O documento já foi aprovado na Câmara de Vereadores e deve ser assinado pelo prefeito da capital, Cesar Souza Júnior, nos próximos dias.
Nos próximos três anos, a Casan pretende investir 400 milhões em obras pra aumentar essa cobertura para 75%. Segundo o engenheiro da Casan, Fábio Krieger, os recursos estão garantidos. “Os contratos foram feitos via PAC, Caixa Econômica Federal e Jaica, a agência japonesa”, explica Krieger.
Segundo o engenheiro da Casan, por meio do programa ‘Se liga na rede’ serão feitas fiscalizações para identificar as residências que não estão ligadas e estimar o prazo para notificá-las. “O documento já foi aprovado aqui na Câmara de Vereadores e deve ser assinado pelo prefeito nos próximos dias. Assim, será possível captar mais recursos pra dar continuidade aos trabalhos”, diz Krieger.
Enquanto projetos não são implementados, muitas famílias convivem com a falta de saneamento básico. Da janela da cozinha da casa, Edinete da Silva enxerga um córrego que recebe todo o esgoto das casas da vila, que fica no Sul da Ilha. “Tem 30 anos que eu moro aqui e tenho que conviver com isso, eu e os meus vizinhos. Então para a gente é bem desagradável. Tenho que colocar veneno o tempo todo por causa dos ratos e é uma coisa que incomoda bastante”, diz a auxiliar de serviços gerais.
O urbanista Elson Pereira explica que Florianópolis não será controlada apenas por medidas urbanísticas. “Existem pressões sociais, ambientais, de infraestrutura que precisam ser muito bem compreendidas porque não adianta dizer que aqui é proibido ocupar se eu não tenho controle, mas, ao mesmo tempo, não tenho uma política pública que diga para as pessoas que estão naquele local aonde elas podem ir e de que forma elas podem ocupar”, diz Elson.
(G1, 17/10/2013)

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