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Etapa regional do Desafio Brasil define empresa representante de SC

Os sete projetos de microempresas de Santa Catarina que concorrem a vaga regional no 7º Desafio Brasil foram apresentados a investidores nesta quinta-feira. Foram inscritas 35 empresas no Estado, que passaram por avaliação e um período de orientação profissional antes de serem submetidas a análise. O primeiro lugar ficou para a Social Base, empresa de Florianópolis que oferece redes sociais corporativas semelhantes às existentes mas com o diferencial de ser com ambiente fechado para cada empresa contratante.
O diretor-executivo da Social Base, Radamés Martini conta que o processo permite ter mais visibilidade juntos a futuros investidores. Para expandir, ele projeta que são necessários R$ 3 milhões na abertura de escritórios nas principais capitais estaduais e investimento em marketing.
A concorrente que conquistou o segundo lugar foi a Qualiall, startup de Lages que oferece um software para qualificar o trabalhador na prevenção de acidentes de trabalho. Os projetos são desenvolvidos de forma personalizada para o segmento do contratante. O diretor de marketing e negócios Giovani Letti, 36, aponta que há uma grande carência nesta área e o projeto de internacionalizar o modelo é viável, mas demanda o investimento de R$ 1 milhão.
Aos 23 anos, Gustavo Zomer é diretor técnico da MoreCerto, empresa que oferece o serviço de agregar as ofertas de imóveis em todas as capitais brasileiras. Ao conquistar o terceiro lugar na etapa regional, ele faz o mesmo discurso. Ele detalha que o que mais aproveitou durante a etapa de seleção regional foi durante o período de avaliação e mentoria, como é chamada esta consultoria com orientação de empresários experimentados no mercado.
— Em menos de seis meses cadastramos aproximadamente 200 mil imóveis e agora queremos nos capitalizar para nos tornarmos a plataforma de referência para quem procura esse serviço na internet. Para isso, o projeto demanda de R$ 500 mil a R$ 1 milhão — explica Gustavo.
A juventude de Gustavo é um dos focos do Desafio Brasil, que reconhece nos mais jovens o potencial de criar empresas startups, ou seja, que possuem a capacidade de aumentar o tamanho sem a necessidade de altos investimentos, como explica Alexandre Souza, gestor do Núcleo de TI do Sebrae-SC. Ele reforça que a procura tem crescido e evidenciado a vocação de Santa Catarina, onde houve a terceira maior procura de inscritos, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
— Atuar neste segmento de startups, que tem crescido a uma velocidade incrível, ainda é uma novidade para o Sebrae, mas temos a experiência de atuar com a consultoria empresarial há 40 anos. Durante o Desafio Sebrae focamos as orientações às novas empresas nas áreas de gestão, recursos humanos e finanças — conta.
Das sete candidatas, cinco tem base em Florianópolis, outra em Lages e uma em Joinville. O programa é promovido pelo Sebrae e se propõe a fomentar a inovação tecnológica e empreendedorismo no país, apresentando os projetos e o valor necessário para investimento. A semifinal brasileira será em 4 de outubro e a final ocorrerá no dia seguinte.
Conheça os outros competidores
Para explorar o mercado de combate a sonegação fiscal nos combustíveis, o empresário Heitor Francisco Steiner criou a Viaflex, empresa que instala um equipamento nas bombas e nos tanques dos postos e encaminha as informações à Secretaria Estadual da Fazenda, onde são confrontados os dados contábeis. A experiência foi testada em quatro postos catarinenses, dois paulistas e um mineiro, e aprovada pelos órgãos estaduais. Agora a pretensão é expandir para mais estados, o que demanda um investimento de R$ 2,4 milhões.
William Funchal Pereira é um dos sócios da Quarks, empresa de Florianópolis que projetou conversores de energia monofásica para trifásica, usada por indústrias de médio e grande porte. Embora a empresa tenha apenas dois anos de existência, o desenvolvimento começou uma década antes pelas mãos do pai dele, Washington Pereira, 57. Para investir na ampliação da empresa, com escritório e linha de produção, são necessários R$ 600 mil.
Também na área de energia está o projeto da Solar Conversion, de MarcosRoberto Ribas. A proposta dele é criar a primeira célula solar brasileira — hoje a tecnologia usada no Brasil é importada apenas. Para continuar a desenvolver o projeto, ele apresentou um projeto de captação de investimento na ordem de R$ 500 mil.
A Ekolivre, de Joinville, começou como um projeto universitário em 2005 e se tornou empresa três anos depois. Hoje a empresa desenvolve um software para automação residencial via internet wifi ou 3G em aparelhos condicionadores de ar, lâmpadas, equipamentos de som e tudo mais que o cliente desejar. Até o momento há quatro modelos de pacotes, que variam de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil, detalha o CEO, Victor Vargas de Andrade, 40.
(DC, 20/09/2012)

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