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A três dias de completar 282 anos, a Capital do Estado recebe a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presente antecipado que Florianópolis ganha hoje custará R$ 54,6 milhões, distribuídos em 16 projetos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Os investimentos serão feitos na reurbanização e infra-estrutura do Maciço do Morro da Cruz. Pela sua grande extensão e população, o Maciço é considerado o ponto mais crítico quando se fala nas carências sociais em Florianópolis.
O projeto começou em 2005, quando o município iniciou o levantamento das necessidades da população da área, contando com a parceria das associações comunitárias.
Nem todos os projetos estão concluídos, mas os números finais devem contabilizar 26 mil metros de rede de esgoto e 24 mil metros de rede de abastecimento de água. A rede de energia elétrica e iluminação contará com extensão de mais de 11 mil metros. A pavimentação deverá abranger uma área de 55 mil metros quadrados, e 800 mil metros quadrados passarão por recuperação ambiental.
Mais de 400 casas devem ser construídas, e a previsão é de que outras 500 sejam removidas ou relocadas, para a implantação do sistema viário ou por estarem em áreas de risco.
Parque é aposta para gerar renda
Uma das novidades é a implantação do transporte vertical, os bondinhos, que amenizam o uso diário das escadarias. Um deles, com 670 metros de extensão, será instalado na Rua José Boiteux, na região do Morro do Céu. Outro está previsto para a Rua Treze de Maio, no Mocotó. Mas a instalação está adiada por conta da rede de alta tensão do local, que precisaria ser relocada. O investimento no transporte vertical está orçado em R$ 2,3 milhões.
O Maciço do Morro da Cruz ocupa uma área de 2,1 milhões de metros quadrados, habitada por uma população de cerca de 22,7 mil pessoas.
Aproximadamente 1,4 milhão de metros quadrados, ainda preservados, serão destinados à implantação do Parque do Maciço do Morro da Cruz, cuja sede será construída na Rua General Vieira da Rosa.
– Cerca de 700 mil metros quadrados são ocupados pelas 16 comunidades do Maciço. O restante é área de preservação permanente, ou já está em início de ocupação. Além de preservar o local, será uma oportunidade para gerar emprego e renda para a sua população – destacou o secretário de Obras da Capital, Átila Rocha.
(Renê Müller, DC, 20/03/08)

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