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Sem acordo, servidores municipais mantêm paralisação nesta quarta-feira

A reunião entre representantes da prefeitura e sindicalistas acabou antes do previsto. A tensão na sala deu-se porque as principais reivindicações – aumento do piso do magistério e implantação do plano de carreira não foram atendidas. A proposta do Executivo não agradou aos servidores. Por esse motivo, a greve iniciada ontem continua hoje.

As escolas municipais e os postos de saúde, por exemplo, ficaram fechados durante todo o dia. Também foram afetados os serviços ligados à Floram e ao Ipuf

O secretário da Administração, Sandro Ricardo Fernandes, explicou que serão analisadas questões financeiras e legais para a nova conversa com o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal), hoje à tarde. “Atendemos 10 dos 12 pedidos, na íntegra”, afirmou Fernandes.

Sobre o piso do magistério, o secretário disse que “já é maior que a média nacional”. E que o aumento no plano de carreira, alterando o valor do salário mínimo de R$ 536 para R$ 622, só será possível no próximo ano. “A presidente do Sintrasem pediu esse aumento para novembro, mas a lei eleitoral impede que, no último semestre de um governo, se aumente o salário dos funcionários acima da inflação”, alegou.

O diretor de comunicação do sindicato, Adriano Requia, questionou o prazo proposto pelo governo. “Jogaram o novo plano para o próximo ano. Esperamos que isso seja resolvido ainda em 2012”. O impasse permanece.

Médicos paralisam atividades hoje

O atendimento médico será suspendo em todos os postos de saúde de Florianópolis, a partir das 15h de hoje. As 50 unidades do município ficarão paralisadas, para que os servidores e dirigentes do Simesc (Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina) se reúnam com os secretários da Administração, do Planejamento e da Saúde, em busca de uma solução para as irregularidades cometidas pela Prefeitura da Capital.

O governo admite um equívoco na interpretação da lei de gratificação. O erro ocorre desde 2004, segundo o assessor jurídico do Simesc, Ângelo Strzalkowski Kniss. “O médico da prefeitura recebe a gratificação do PSF (Programa Saúde Familiar), menos o salário, menos a insalubridade e menos os valores por tempo de serviço. O que era para ser somado é descontado! Sendo assim, o médico que hoje tem 20 anos de casa acaba recebendo menos do que um que acabou de ser efetivado”, explicou Kniss.

Outra reivindicação é pelo rejuste salarial de 15%. Gean Loureiro, secretário de Governo, pediu um prazo para analisar o impacto financeiro em caso de aumento salarial para todos os funcionários públicos. A partir desse estudo, saberá qual o índice de aumento concedido aos profissionais da saúde.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul funcionarão normalmente.

(Aline Torres, ND, 06/03/2012)

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