Previsto para ser entregue inicialmente em setembro de 2007, o elevado de Capoeiras está com os trabalhos atrasados. O novo prazo de conclusão de uma das principais obras para desafogar o trânsito na região continental de Florianópolis é março deste ano, mas as duas pistas serão liberadas ao tráfego na segunda quinzena de fevereiro, conforme informa Carlos Gonzaga Aragão, secretário do Continente.
Aragão explica que os trabalhos foram prejudicados por três razões: uma delas, a mais complicada, foi a indenização de oito proprietários de terrenos do entorno do viaduto. “As documentações não estavam em dia e eles precisaram regularizar a situação. Só depois desta parte burocrática, fizemos os pagamentos”, justifica o secretário, complementando que não houve desapropriações, somente os terrenos, todos comerciais, foram reduzidos.
Outra causa de atraso foi a adutora da Casan, que não estava sinalizada no projeto inicial e precisou ser deslocada para uma das laterais do elevado. A tubulação que traz de Santo Amaro a água potável servida há parte da população da cidade foi instalada há 35 anos, quando a avenida Ivo Silveira foi construída.
Outro entrave foi a vala de drenagem de um pequeno riacho que corre entre Capoeiras e Bom Abrigo, também realizada na implantação da mesma avenida e não apontada no projeto original. Houve a necessidade de escavar até o canal, revestido de concreto armado, para fazer testes de resistência e novos reforços na estrutura para evitar um possível rompimento nos dias de enxurradas, quando a rede pluvial é sobrecarregada.
A rampa Norte, que liga ao Centro da Capital, já recebeu a camada alfáltica. Na rampa Sul, estão sendo feito trabalhos de compactação e aterro nesta semana e na próxima será pavimentada. Para liberar o tráfego nas pistas ainda precisam ser executados o sistema de iluminação e sinalização. “Liberamos estas pistas para o acesso e começamos a trabalhar no entorno, nas alças de ligação entre Capoeiras, Coqueiros, Bom Abrigo e na via que passará por baixo do viaduto”, explica Aragão.
Meta é facilitar fluxo a bairros do Continente
O elevado vai dar o fluxo ao trânsito na região continental de Florianópolis, onde estima-se que circulam 15 mil veículos por dia. Os congestionamentos são freqüentes, em especial no início da manhã e final da tarde, na avenida Ivo Silveira, onde há uma rótula de confluência entre os bairros Capoeiras, Bom Abrigo e Estreito, acessos ao Centro e também ao município de São José.
O viaduto é uma extensão da Ivo Silveira, passando sobre a avenida Patrício Caldeira de Andrade. A obra tem duas pistas com quatro faixas, medindo 17 metros de largura e 53 metros de extensão. O custo viaduto é de R$ 4.491.000 e de acordo com Aragão, a previsão de gastos foi acrescida em 5% em razão das obras de deslocamento da adutora da Casan e de reforço no canal pluvial.
(AN Capital, 30/01/08)
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