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Lideranças aprovam construção de subestação

A polêmica sobre a instalação de uma nova subestação das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) em Florianópolis está chegando ao fim. A aprovação do empreendimento, que no ano passado havia sido vetado na comunidade Ângelo Laporta, Centro, porque poderia prejudicar a saúde dos moradores locais, foi encaminhada,ontem à noite (7/11), em audiência pública. A Subestação Ilha Centro II deve ser instalada no bairro Agronômico, próximo à Casa do Governador, num terreno do Estado onde funciona a 6ª DP. O sinal verde foi dado no salão paroquial da igreja São Luiz, Agronômica, Capital.

Para tentar convencer as lideranças comunitárias, o diretor técnico da Celesc, Eduardo Carvalho Sitônio, mostrou por meio de gráficos a necessidade de se construir mais uma subestação, evitando, assim, apagões como ocorreu em 2004 que deixou a cidade às escuras durante três dias. Técnicos em energia elétrica do Rio de Janeiro, convidados pela Celesc, tiraram as dúvidas da população sobre a estrutura que será blindada e abrigada com duas linhas de transmissão subterrâneas. Somente um representante não-governamental do meio ambiente votou contra. A favor do projeto, o Ipuf e a Floram apresentaram pareceres para mudar o zoneamento, de preservação permanente, para utilidade pública, autorizando também o corte de algumas vegetações de mata nativa.

Agora, o relator do projeto que altera o zoneamento para a construção do empreendimento, vereador Aloísio Piazza vai elaborar um parecer descrevendo a importância do empreendimento e enviar o documento às comissões de Justiça, Viação e Obras Públicas e Meio Ambiente do Legislativo Municipal. Passando pelas três comissões, o parecer vai ser votado na Câmara dos Vereadores em regime de urgência urgentíssima. A intenção de Piazza e dos vereadores, que compareceram na audiência de ontem, é de que o parecer seja aprovado em plenário o mais rápido possível. “Depois de tudo pronto o prazo para a construção e o funcionamento da obra, que vai ser chamada de Subestação da Agronômica, é de um ano e meio”, ressaltou Sitônio.

A nova subestação, com 138 KW, vai aumentar em 40% a capacidade para novas demandas de energia na cidade, atendendo cerca de 60 mil consumidores. O investimento será de R$ 55 milhões. Sitônio afirmou que a nova subestação vai garantir o abastecimento de energia elétrica na Capital, sem risco de blecautes, em pelo menos vinte e cinco anos. Ele disse que Celesc vai consertar calçadas, ruas e avenidas que forem quebradas durante o processo da construção do empreendimento.

(Por Colombo de Souza, PMF, 8/11)

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