Para o Ministério Público, prédio teria invadido uma área de mangue de região considerada de preservação permanente
O embate judicial envolvendo o complexo hospitalar SOS Cárdio deve ser resolvido na próxima semana. Os órgão públicos têm até segunda-feira para se manifestarem. O empreendimento está localizado às margens da SC-401, em Florianópolis, e, no entender do Ministério Público Federal (MPF), invadiu uma área de mangue, considerada de preservação permanente.
A procuradora Analúcia Hartmann questionou as licenças ambientais concedidas ao hospital. O advogado Tullo Cavallazzi Filho garante que toda a documentação é legal e não existe possibilidade da construção ferir leis ambientais.
Ressaltou que o terreno da obra tem, inclusive, escritura pública. Declarou que o órgão ambiental municipal e o estadual analisaram o projeto e fiscalizaram a execução.
O advogado reclamou do momento em que o MPF entrou com a ação civil pública, às vésperas da inauguração marcada para o próximo mês. Relatou que há equipamentos comprados e instalados.
Tullo argumentou que a construção começou em 2007 e, durante todo este tempo, não houve manifestação dos procuradores federais. O investimento é de cerca de R$ 60 milhões.
Analúcia explicou que, para entender a situação, pediu à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) uma reavaliação da licença concedida, uma vistoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e informações sobre o terreno a União.
Para procuradora, houve aterramento do mangue
A procuradora contou que os órgãos ambientais demoraram muito para responder o requerimento, e que a União nem sequer se manifestou. Afirmou, ainda, que durante a obra houve o aterramento de área de mangue e de margem de mangue e o fato não foi percebido pelos técnicos do Ibama. Sobre os prédios situados nas vizinhanças do SOS Cárdio, disse que nunca recebeu representação contra eles. Analúcia informou não lembrar como a denúncia sobre o hospital chegou ao MPF.
A respeito da escritura pública que a defesa do hospital possui, afirmou que os 33 metros após um mangue são considerados área de marinha, por isso, não pode haver registro imobiliário. Na ação, Ana Lúcia pediu a demolição do prédio e reparação dos danos causados. Se houver prejuízos irreparáveis, a procuradora deseja o pagamento de multa.
(FELIPE PEREIRA, DC, 26/02/2011)
Ibama diz estar fora do caso
Após o julgamento do pedido de liminar, o processo da SOS Cárdio correrá na Justiça Federal. Os trâmites dependem do conteúdo do despacho da juíza da Vara Federal Ambiental de Florianópolis Marjorie Freiberger, mas é certo que os envolvidos podem recorrer da decisão. Os órgãos públicos têm até segunda-feira para prestar os esclarecimentos pedidos pela Justiça.
Até o momento, somente o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) respondeu. Informou que não participou da concessão da licença e, por isso, está fora do caso. O procurador geral do município, Jaime de Souza, disse que está examinando o caso e adiantou que depois de entregar o parecer, vai contestar a ação civil pública. Ele afirmou que não há problemas na obra fiscalizada pelos órgãos ambientais e não enxerga motivos para ação judicial.
A assessoria de imprensa da Fatma informou que está analisando a licença do empreendimento e o trabalho deve terminar na segunda-feira. Qualquer manifestação à imprensa só será feita quando está etapa for concluída.
(DC, 26/02/2011)
Uma decisão incompreensível
Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 28/02/2011)
Soa estranho questionar a construção do hospital SOS Cárdio, com a obra pronta, quatro anos depois de iniciada
Deve ser esclarecida, no decorrer desta semana, a grave questão envolvendo o hospital SOS Cárdio, na SC-401. Em obras desde 2007, tendo cumprido todos os procedimentos formais – inclusive licenças dos órgãos ambientais (Ibama, Fatma e Floram) – o empreendimento teve a sua legalidade questionada pelo Ministério Público Federal na semana passada, por conta, provavelmente, de um equívoco que apenas a Justiça Federal poderá dissipar nos próximos dias. Os defensores do SOS Cárdio, munidos de farta documentação, comprovam todos os fatos envolvendo o licenciamento e a construção do edifício, desde a regularidade do terreno (com escritura pública de propriedade) até o acompanhamento das obras por parte da prefeitura, do Crea-SC e outros órgãos públicos. O mais incrível é que a obra poderia ter sido questionada no início, há quatro anos. No local, placas informaram, entre 2007 e 2011, do que se tratava. Por que o MPF agiu somente agora, depois que está tudo pronto e os equipamentos já estão sendo testados para a inauguração do hospital?
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
2 Comentários
Derrubem a ponte. Embarguem a ilha de Florianópolis de uma vez. Onde vamos para. Ecocheetas fanáticos vão dominar o Brasil? Falta de políticos que ponham um basta à estas asneiras provocadas pelos malucos amibientalistas.
O comentário assinado por VANIO COELHO deve ser de algum xará, não o advogado e jornalista aposentado que assina esta nota.
Considero os eco-chatos uma necessidade, que provocam discussões.