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A iniciativa privada brasileira, em especial por meio de fundações, tem atuação cada vez mais marcante e abrangente no sentido de contribuir para a inclusão social, melhoria da qualidade de vida e mitigação dos problemas que afetam nossa sociedade. É o particular atuando no universo do que é público, contribuindo, assim, para o avanço e desenvolvimento do Brasil. Essa evolução do chamado Terceiro Setor tem reconhecimento não apenas no país, como internacionalmente. Estudo recentemente divulgado no Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV), em parceria com o John Hopkins Center for Civil Society Studies, mostra que o setor sem fins lucrativos no Brasil já representa 5% do PIB nacional, tendo crescido 71% entre 1995 e 2002. Em seu novo estudo, a respeitada instituição norte-americana que estuda as organizações sem fins lucrativos indica que o índice de participação quadruplicou, tornando-se superior ao de setores consistentes da economia nacional, como extração mineral, gás natural e carvão. O PIB do Terceiro Setor no Brasil já é maior do que o de 22 Estados, perdendo tão-somente para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Estatísticas nacionais também demonstram o desenvolvimento das ações de caráter social da iniciativa particular no Brasil. Segundo o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), 462 mil empresas brasileiras, ou 60% do total, declaram realizar algum tipo de ação para a comunidade. Estas organizações investem R$ 5 bilhões por ano em projetos de saúde, educação, cultura, esportes e lazer.

A importância das ações do Terceiro Setor tem sido evidenciada nos Encontros Paulistas de Fundações, cuja terceira edição realiza-se no dia 1º de setembro.

Dora Cunha Bueno – Presidente da Confederação Brasileira de Fundações (Cebraf, 21/08/2007)

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