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Emirados têm obras de referência para mobilidade urbana, constata missão da FIESC

Além da participar da Big Five, maior feira da construção no Oriente Médio, a missão da FIESC aos Emirados Árabes Unidos conheceu nesta segunda-feira (22), em Dubai, o estacionamento do metrô da cidade. A obra, com 2,8 mil vagas e 110 mil metros quadrados, teve a parte estrutural construída pela empresa Engeprot, de Curitiba. A companhia atua em Dubai desde 2003 em parceria com um sócio local. Conforme o diretor da companhia, Omar Khaled Hamaoui, que participou do seminário promovido pela Câmara de Comércio e Indústria de Dubai, a empresa já executou mais de 1,3 milhão de metros quadrados de obras lá, principalmente edifícios com mais de 50 andares.

No estacionamento, os empresários, liderados pela diretora da FIESC, Bárbara Paludo, conheceram as tecnologias aplicadas na obra, que foi construída em um ano. A parte da Engeprot na construção ficou pronta em seis meses. Para isso, a empresa criou turnos de trabalho para tocar a obra 24 horas por dia. O estacionamento é gratuito e tem 2.850 vagas. A população de Emirados vizinhos que trabalha em Dubai deixa o carro neste estacionamento e vai à empresa de metrô. Dessa forma, se evita trânsito nas ruas da cidade, que tem 1,5 milhão de habitantes.

O metrô de Dubai tem cerca de 140 quilômetros de linha. Quando o projeto chegar ao final serão cerca de 400 quilômetros. O custo de uma passagem que permite rodar toda a malha do metrô é de 10 dirhans, o equivalente a R$ 5.

“O mercado da construção aqui é promissor e competitivo”, disse Hamaoui, que fez o primeiro contato da Engeprot com o mercado árabe durante a Big Five Show, maior feira da construção civil do Oriente Médio, da qual a comitiva catarinense iniciou a participação nesta segunda-feira. Segundo ele, o melhor caminho para que as construtoras do Brasil se instalem nos Emirados Árabes é por meio de join venture, pois a empresa local já conhece o mercado, com isso, o caminho é mais curto e o empresário divide os custos do investimento com o sócio.

“Com a crise, Dubai reduziu o ritmo das obras, mas outros mercados despontaram, como Abu Dhabi e Arábia Saudita”, disse. Os Emirados Árabes, que tem como capital Abu Dhabi, têm confirmado US$ 230 bilhões em projetos na área da construção e a Arábia Saudita US$ 94,6 bilhões.

O empresário brasileiro também chamou a atenção para a questão da sustentabilidade nas construções. O projeto executivo da obra é muito detalhado para reduzir o desperdício de materiais. Também há uma preocupação muito grande com o aproveitamento da água e da energia. Os prazos para a execução são curtos e precisam ser cumpridos à risca. Outro aspecto é com relação ao controle de qualidade, que é muito rigoroso.

Atualmente, a Engeprot tem 100 funcionários em Dubai – basicamente engenheiros e técnicos. No Brasil, as empresa tem cerca 30 profissionais que atendem os mercados do Sudeste e do Sul do Brasil. Para construir as obras em Dubai, a companhia contrata a mão de obra local.

(Dâmi Cristina Radin, FIESC, 22/11/2010)

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