A questão de abolir ou reduzir as sacolinhas no dia a dia ainda causa muita confusão, principalmente quando se refere ao seu uso como sacos para descartar o lixo
No mundo todo, inclusive no Brasil, existe uma grande conscientização sobre o uso de descartáveis. Isso não significa que teremos que abandoná-los completamente, mas, sim, que é preciso assumir uma nova postura.
Novos hábitos de consumo são uma pequena parte do “famoso” processo de “adaptação” de que muitos cientistas falam quando vem a público falar das mudanças climáticas. Se você imaginou que esse seria um evento distante, relacionado a tecnologias avançadas e a fenômenos extremos da natureza, esta é a novidade. O processo já começou e inclui repensar até maneira com que você carrega suas compras.
O primeiro protesto de quem ouve falar em recusar sacolas plásticas é o questionamento sobre o acondicionamento do lixo de casa. Afinal, faz sentido substituir um plástico gratuito por outro que custa dinheiro? É especialmente por causa desse argumento e pelas condições precárias de saneamento no Brasil que a proposta, até então, é de reduzir, em vez de abolir.
Fernanda Daltro, coordenadora técnica da campanha “Saco é um saco”, do MMA – Ministério do Meio Ambiente, lançada no ano passado, concorda que a questão do saneamento no Brasil interfere na política de dependência de sacolas plásticas. “É perceptível. As experiências internacionais mostram que toda cidade que estabeleceu cobrança e banimento de sacolas tinha, como contrapartida, um sistema bom de coleta seletiva”, afirma.
TEORIA VERSUS PRÁTICA
Em um país em desenvolvimento, onde coleta de lixo ainda não é realidade em todo o seu território, é até compreensível que os consumidores optem pela opção gratuita e insustentável. Mas essa escolha, aparentemente esperta, não é nada consciente. Trata-se de uma opção individualista, visto que uma única pessoa não precisa investir na compra de sacos de lixo biodegradáveis à custa de um alto prejuízo coletivo ambiental. E, pior, o argumento se torna frágil à medida que a prática não condiz com a teoria.
Normalmente, ninguém vai ao supermercado fazer compras e pega uma única sacola, mas muitas, uma quantidade desnecessária e absurda que não tem utilidade. Por isso, o plástico fica entulhado em casa ou é usado para forrar a lata do lixo e, depois, vai para o aterro onde fica mais de 400 anos se desintegrando.
Estimativas do MMA apontam que, no país, são consumidas 33 milhões de sacolas por dia e 12 bilhões por ano. Será que é preciso tanto para descartar o lixo doméstico ou as pessoas estão perdendo o controle sobre o acúmulo de sacolas? Aliás, é necessário gerar tanto lixo? Se houvesse menos descarte, não haveria necessidade de usar tantas sacolas descartáveis.
Produzir sacolas plásticas demanda extração e refino de petróleo que resultam em muitas emissões e impactos na flora e na fauna. Depois de usadas, elas poluem as águas, matam os animais que as ingerem, entopem bueiros – dificultando a drenagem das águas da chuva – e causam problemas nos aterros, como a impermeabilização dos solos e o revestimento de material orgânico que, na ausência de oxigênio, em vez de biodegradar, apodrece, gerando metano.
Não é melhor optar pelos sacos de lixo ecológicos, desde que não sejam oxibiodegradáveis? No mínimo, o que todo cidadão pode fazer é colocar a maior parte das compras em ecobags e pegar uma única sacola plástica para acondicionar o lixo, não? A prática mostrará como é fácil alterar um hábito ainda tão nocivo. Neste ponto, Fernanda dá, ainda, outra dica.
“Sempre que puder gastar parte do dinheiro comprando saco de lixo, que opte pelos feitos de material reciclado. Os pretos normalmente são feitos material reciclado e isso é uma vantagem ambiental porque eles não demandam novos recursos e porque alguma parte de resíduo plástico que iria pra natureza está voltando para o processo produtivo na forma de saco de lixo”. Mas atenção! Nem todo saco preto é feito de material reciclado. As informações podem ser encontradas nos rótulos.
E você? Já aderiu às sacolas retornáveis ou ainda está viciado nas sacolinhas plásticas? Comente.
(Por Manoella Oliveira, Planeta Sustentável, 01/04/2010)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |