Cambirela é reserva de mata atlântica

O Morro do Cambirela é um dos pontos mais conhecidos de Palhoça e um símbolo da cidade. Tanto que empresta seu nome ao órgão ambiental da Prefeitura, a Fundação Cambirela do Meio Ambiente. Com 1.043 m de altura, permite a quem sobe alguma de suas várias trilhas uma vista de boa parte de Palhoça, São José, Santo Amaro da Imperatriz e da região Sul de Florianópolis.

Localizado a 20km ao sul da Capital, o Morro do Cambirela é a montanha mais alta da Grande Florianópolis e uma reserva importante de mata atlântica de encosta. A vegetação é de floresta ombrófila densa, ou seja, mata de grande umidade. O morro abriga diversas espécies de aves – como gavião, pica-pau, beija-flor e bem-te-vi – e mamíferos – cutia, serelepe (espécie de roedor parecido com o esquilo) e graxaim ou cachorro-do-mato são alguns dos mais comuns.

Palmito

Com exceção de uma parte da base, próxima à BR-101, toda a montanha está inserida no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, a maior unidade de conservação de Santa Catarina, com 87.405 hectares. As principais ameaças ao Morro do Cambirela são o corte de árvores e a caça de animais, proibidos por lei. “Não temos recebido denúncias, mas também não é raro encontrarmos palmiteiros cortados quando subimos o morro”, relata o biólogo da Fundação Cambirela, Ricardo Serafim. Na parte não incluída no parque, ocorre extração de brita e argila.

(Felipe Silva, A Notícia, 03/05/2007)