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Projeto do Câmpus Florianópolis é selecionado em programa de incentivo a lideranças femininas

Foto de duas pessoas com jalecos brancos manipulando conchas de ostras em uma bandeja preta e um recipiente cinza ao ar livre, sobre a grama. A pessoa à direita tem cabelos cacheados e parece estar examinando uma das conchas.

Trabalho visa transformar cascas de ostras e resíduos de plásticos em placas que possam substituir granito e mármore na construção civil

Uma pesquisa desenvolvida por estudantes do Câmpus Florianópolis é uma das 20 selecionadas do Power4Girls, programa de incentivo ao desenvolvimento de lideranças femininas, que trabalha com a temática “Economia circular e sustentabilidade” e resulta de uma colaboração entre a Embaixada e consulados dos Estados Unidos em parceria com o Instituto Gloria. O projeto Ecoostras visa transformar resíduos da maricultura, como conchas de ostras, e plásticos descartados no ambiente em placas alternativas àquelas feitas com rochas extraídas da natureza, como mármore e granito.

A equipe é formada pelas estudantes Alicia Ricori Canciani, Olga Eick Cardoso e Vitória Regina Pisa Bazzanela, da quinta fase do curso técnico em Química, e Dandara Janata de Anhaia, da quinta fase do curso técnico em Saneamento. Elas ficaram sabendo do programa Power4Girls pelos meios de comunicação e buscaram, em março, apoio da professora Cláudia Lira, que se tornou a orientadora do projeto. “Achei que se relacionava bastante com os objetivos do curso técnico”, recorda Cláudia. No brainstorm para gerar ideias para o projeto, as estudantes votaram na ideia de reutilização de conchas de ostras e plásticos descartados, em alinhamento com a temática da sustentabilidade e da economia circular.

“Percebemos que o descarte de toneladas de conchas de ostras é uma questão relevante tanto na comunidade manezinha quanto no litoral brasileiro”, contam as pesquisadoras. “Após analisarmos a composição das conchas de ostras, ficou evidente a grande quantidade de carbonato de cálcio (CaCO₃) presente nelas. Ao pesquisarmos a finalidade do CaCO₃, percebemos que ele pode ser utilizado para diversos fins. No entanto, o que chamou nossa atenção foi a possibilidade de utilizá-lo como carga para compostos poliméricos. Assim, com a ajuda da professora, pensamos em desenvolver placas ornamentais alternativas às rochas extraídas da natureza, como mármore e granito, cuja extração causa diversos problemas ambientais”, detalham.

Desempenho

O Power4Girls recebeu 215 inscrições e selecionou apenas 20 equipes – além do projeto Eco-ostras, o projeto de uma mini turbina eólica sustentável, desenvolvido por estudantes do curso técnico integrado em Desenvolvimento de Sistemas do Câmpus Chapecó, também foi contemplado. “Nós tínhamos muitas expectativas, pois não conhecíamos bem o processo de inscrição do programa e já estávamos envolvidas em outros projetos. No entanto, demos o nosso melhor e, quando recebemos a notícia de que estávamos entre as 20 equipes aprovadas, percebemos que todo o processo valeu a pena”, comemoram as alunas do Câmpus Florianópolis.

As atividades do Power4Girls contemplam webinários mensais sobre empreendedorismo, economia circular e gestão de projetos, além de oferecer mentorias semanais exclusivas para cada equipe – a mentora do Ecoostras é a estudante da Universidade de Brasília (UnB) Luiza Nodari Neves, participante veterana. As atividades vão até novembro, quando os protótipos e resultados finais dos projetos serão apresentados em Brasília, com os custos da viagem e hospedagem arcados pela Embaixada dos Estados Unidos.

A expectativa de Alicia, Olga, Vitória e Dandara é que o produto em desenvolvimento seja bem recebido no mercado. “Nosso produto é sustentável e ecológico, contribuindo para a redução de impactos ambientais como o descarte inadequado de ostras e resíduos plásticos, além da extração de pedras”, ressaltam. Segundo as estudantes, a demanda por produtos que priorizam a sustentabilidade ambiental é crescente. “Há uma grande probabilidade de que nosso produto ofereça características importantes para a construção civil, como o baixo custo de produção, fornecendo, também, uma alternativa para destinação de resíduos sólidos gerados na nossa região. Inclusive, neste momento, temos em vista algumas parcerias possíveis no ramo da arquitetura”, revelam.

(IFSC, 10/07/2024)

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