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SC registra consumo recorde de energia

Carga atingiu o pico ontem, entre 15h e 16h. Mas Celesc descarta riscos

Com o calor de ontem, a Celesc registrou o recorde no consumo de energia do Estado. Nos últimos três dias, o consumo aumentou 150 Megawatts (MW). Passou de 3,2 mil MW na segunda-feira para 3,36 mil MW na terça e atingiu o maior nível ontem, com o consumo de 3.510 MW entre 15h e 16h.

No país, o recorde foi quebrado ontem também, atingindo o pico de 70.170 MW às 14h58min.

Segundo o assistente da diretoria técnica da Celesc, Antônio dos Santos, não há riscos apesar do recorde.

Isso porque o consumo foi distribuído em todo o Estado, um pouco mais concentrado nas cidades com maior elevação de temperatura, como Chapecó, Joaçaba, Blumenau e o Litoral catarinense.

– O lado positivo é que não houve prejuízo no sistema, que suportou bem o excesso de carga. A Celesc se preparou para o verão porque sabe que há aumento de turistas – explicou o assistente da Celesc.

Santos destacou que o recorde foi batido fundamentalmente pelo uso de aparelhos condicionadores de ar, já que a indústria, historicamente, reduz o ritmo normal nos meses de janeiro e fevereiro.

Terceiro dia seguido de recordes no país

Outro horário de pico é registrado entre 18h e 19h, quando os consumidores chegam as suas casas, tomam banhos e ligam os eletrodomésticos.

– Como estamos no horário de verão, este pico é diluído porque a iluminação pública só é acionada mais tarde. Mas sabemos que o recorde pode se repetir ao longo desta semana porque a previsão da meteorologia é de que o calor só venha a ceder na próxima segunda-feira.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse ontem que a carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu o pico de 70.170 MW às 14h58, no terceiro dia seguido de recordes na carga.

Chipp destacou que o consumo se manterá em alta enquanto durar o calor, mas afastou riscos de racionamento, uma vez que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios (em valores aproximados, 77% no Sudeste/Centro Oeste, 71% no Nordeste, 90% no Norte e 97% no Sul).

– É a melhor situação dos últimos 10 anos – afirmou.

O ONS está despachando grande volume de energia térmica, para compensar a redução na capacidade do sistema de transmissão de Itaipu, que passa por reparos após o apagão de novembro do ano passado.

(DC, 04/02/2010)

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